Da igreja do cabo Espichel desapareceu uma imagem de Santo António em talha dourada. As autoridades receiam que já tenha passado a fronteira. O roubo terá sido obra de profissionais, já que os assaltantes não tocaram em mais nada
A Polícia Judiciária está a investigar o roubo da imagem de Santo António da Igreja do Cabo Espichel, cuja avaliação nunca será inferior aos 15 mil euros, segundo um especialista contactado pelo DN.
Mas, três meses após o desaparecimento daquela valiosa peça do altar, as autoridades receiam que já tenha chegado ao mercado internacional de arte sacra, podendo mesmo ter vindo a cruzar a fronteira, rumo aos destinos habituais após este género de roubos: Espanha, França ou Itália.
As autoridades internacionais têm em sua posse fotografias da imagem, mantendo a esperança de conseguirem encontrar o rasto da peça durante uma eventual transacção, embora o método utilizado no roubo permita admitir ter-se tratado de uma encomenda.
É que quem assaltou a Igreja do Cabo Espichel fê-lo apenas com o intuito de roubar o Santo António em talha dourada, não tendo tocado em mais nenhuma das várias imagens existentes, nem tão pouco no dinheiro que naquela noite se encontrava no templo.
Os assaltantes entraram na igreja após arrombarem uma porta lateral que se encontrava degradada - já foi substituída por uma porta blindada - tendo acesso à galeria, da qual desceram até ao piso térreo de onde retiraram a imagem do altar.
O padre da paróquia não quer falar sobre o caso, sendo que os turistas que perguntam pela peça ainda recebem como resposta da vigilante da igreja que a imagem está a ser restaurada, pelo que apenas pode ser vista nas ilustrações disponíveis nos postais ou em CD.
O responsável da Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal, José António Pereira, lamenta a ocorrência de mais roubo de um "património de grande valor" nas igrejas na região, alertando que apesar da Igreja do Cabo Espichel ser um templo que se encontra isolado durante a noite - durante o dia está aberto ao público - o problema do roubo das igrejas no distrito de Setúbal estende-se aos próprios templos radicados no interior das povoações.
"Temos exemplos de igrejas carregadas de trancas nas portas, mas os ladrões acabam por entrar pelo telhado. Depois, temos o programa Igreja Segura, mas precisamos de vários equipamentos para estarmos ligados à PSP e as paróquias não têm dinheiro para investir.
Digam-nos: o que podemos fazer contra isso?", questiona o responsável, revelando, ainda assim, estar agora em curso um trabalho de inventariação das peças de arte sacra em toda a diocese de Setúbal, que permita identificar determinada imagem em caso de roubo.
A Polícia Judiciária está a investigar o roubo da imagem de Santo António da Igreja do Cabo Espichel, cuja avaliação nunca será inferior aos 15 mil euros, segundo um especialista contactado pelo DN.
Mas, três meses após o desaparecimento daquela valiosa peça do altar, as autoridades receiam que já tenha chegado ao mercado internacional de arte sacra, podendo mesmo ter vindo a cruzar a fronteira, rumo aos destinos habituais após este género de roubos: Espanha, França ou Itália.
As autoridades internacionais têm em sua posse fotografias da imagem, mantendo a esperança de conseguirem encontrar o rasto da peça durante uma eventual transacção, embora o método utilizado no roubo permita admitir ter-se tratado de uma encomenda.
É que quem assaltou a Igreja do Cabo Espichel fê-lo apenas com o intuito de roubar o Santo António em talha dourada, não tendo tocado em mais nenhuma das várias imagens existentes, nem tão pouco no dinheiro que naquela noite se encontrava no templo.
Os assaltantes entraram na igreja após arrombarem uma porta lateral que se encontrava degradada - já foi substituída por uma porta blindada - tendo acesso à galeria, da qual desceram até ao piso térreo de onde retiraram a imagem do altar.
O padre da paróquia não quer falar sobre o caso, sendo que os turistas que perguntam pela peça ainda recebem como resposta da vigilante da igreja que a imagem está a ser restaurada, pelo que apenas pode ser vista nas ilustrações disponíveis nos postais ou em CD.
O responsável da Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal, José António Pereira, lamenta a ocorrência de mais roubo de um "património de grande valor" nas igrejas na região, alertando que apesar da Igreja do Cabo Espichel ser um templo que se encontra isolado durante a noite - durante o dia está aberto ao público - o problema do roubo das igrejas no distrito de Setúbal estende-se aos próprios templos radicados no interior das povoações.
"Temos exemplos de igrejas carregadas de trancas nas portas, mas os ladrões acabam por entrar pelo telhado. Depois, temos o programa Igreja Segura, mas precisamos de vários equipamentos para estarmos ligados à PSP e as paróquias não têm dinheiro para investir.
Digam-nos: o que podemos fazer contra isso?", questiona o responsável, revelando, ainda assim, estar agora em curso um trabalho de inventariação das peças de arte sacra em toda a diocese de Setúbal, que permita identificar determinada imagem em caso de roubo.