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“Passa o dinheiro ou levas um tiro”

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RoterTeufel

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Setúbal: Proprietário descreve ao CM momentos de pânico
“Passa o dinheiro ou levas um tiro”
Esperaram à porta da pastelaria pelas carrinhas de distribuição dos bolos e, quando entraram na GolfiDoce, no bairro da Camarinha, Setúbal, os dois homens armados já levavam uma refém. Ontem, à hora do almoço, a funcionária descarregava uma das carrinhas quando foi agarrada e arrastada pelo chão, sempre com as caçadeiras de canos serrados bem apontadas à cara.


Pouco passava das 13h00 quando a dupla armada espalhou o terror junto dos cinco funcionários que estavam no interior da pastelaria: foram violentamente empurrados com as armas até ao escritório onde se encontrava o proprietário, que não se tinha apercebido do assalto. "Ouvi um barulho, mas nunca pensei que fossem assaltantes. Fiquei sem fala quando vi os meus empregados a serem deslocados para ao pé de mim", recordava pouco depois ao CM José Ferreira, dono da pastelaria, ainda não refeito do susto.

O sequestro dentro da pastelaria, às mãos dos dois homens armados, durou 15 minutos. Os ladrões aproveitaram o dia da cobrança aos clientes com conta mensal para arrecadar um montante de dinheiro elevado, mais de mil e quinhentos euros, segundo o proprietário.

Estiveram sempre de capacetes na cabeça e não foram reconhecidos, mas "conheciam todas as rotinas da pastelaria". "Sabiam muito bem que é à terça-feira que recebemos o dinheiro dos nossos clientes", continua José Ferreira, desolado com o assalto de que foi vítima. Em doze anos de negócio nunca antes tinha sido roubado.

"Passa para cá o dinheiro todo ou levas um tiro" foram as únicas palavras dos assaltantes. Para os despistar, o proprietário deu-lhes os cem euros que tinha no bolso, mas a mulher, apavorada com o "olhar frio" da dupla armada, foi à gaveta e espalhou várias notas pela mesa do escritório. Os ladrões apanharam-nas imediatamente. Para o assalto, os ladrões utilizaram uma moto de alta cilindrada e ainda dispararam um tiro para o ar.

"ANDAMOS AQUI A SUSTENTAR ESSES LADRÕES"

José Ferreira, proprietário da pastelaria GolfiDoce, em Setúbal, está desolado com o roubo de que foi alvo. "Em 12 anos de negócio é a primeira vez que sou assaltado. É muito triste andarmos aqui a sustentar ladrões", diz ao CM. "Eu sei que estar em Setúbal sem ser assaltado parece mentira. É muito complicado sair ileso", continua. Certo é que os comerciantes da cidade há muito que se queixam do clima de insegurança e dos constantes assaltos que têm assolado a região nos últimos meses. O Relatório Anual de Segurança Interna apresentado recentemente aponta Setúbal como uma das cidades portuguesas com maior taxa de criminalidade. Foram registados 38 532 crimes em 2008, o que se traduz num aumento de 3,2% comparativamente com o ano anterior.

FUNCIONÁRIOS INCRÉDULOS E COM MEDO

Os funcionários da pastelaria estão ainda incrédulos com o ataque protagonizado pelos dois assaltantes, que actuaram de caçadeira em punho. "Nestas alturas dá-nos muita vontade de reagir e não deixar que nos roubem o produto do nosso esforço e trabalho, mas em primeiro lugar está a nossa vida", recorda ao CM um dos empregados. Apesar das constantes ameaças de morte e de não pararem de apontar as caçadeiras à cara das pessoas, os dois assaltantes não agrediram ninguém. Até à hora de fecho desta edição a dupla estava ainda a monte, estando a investigação a cargo da Polícia Judiciária.

PORMENORES

"CONHEÇO UM DELES"

José Ferreira não consegue esquecer-se dos momentos de pânico que viveu ontem. "Ainda olhei um nos olhos, e posso dizer que o conheço", afirma.

PORTUGUESES

De acordo com os funcionários, os assaltantes são "portugueses, rápidos e bastante jovens".

MIL E QUINHENTOS EUROS

José Ferreira ainda não apurou o montante exacto arrecadado pelos assaltantes. "Foram mais de 1500 euros de certeza absoluta", refere
 
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