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Cantanhede: Repatriados do Brasil por abandono dos pais adoptivos
Irmãos pediam abrigo de noite
Na urbanização Vila d’Alva, em Cantanhede, são muitos os vizinhos que contam episódios de alegados maus tratos e negligência a que foram sujeitos os três irmãos repatriados do Brasil por abandono dos pais adoptivos. Alguns moradores ajudaram os menores enquanto viveram no bairro, até final do ano passado.
O casal – uma professora universitária em Coimbra com raízes em Outil e um engenheiro civil – instalou-se na urbanização há seis anos, com as crianças, de 10, 12 e 13 anos. Os vizinhos habituaram-se a vê-las "irem sozinhas a pé para a escola", que fica a três quilómetros, sabendo que "eram castigadas várias vezes e que tinham medo dos pais".
"O tribunal, a Segurança Social e todas as entidades que sabiam do que se passava deviam ter agido a tempo", disse ontem um morador. Devido a uma denúncia da Escola EB 2,3 de Cantanhede, a família estava sinalizada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens desde 2008.
"Às vezes estavam na rua até à noite à espera dos pais e batiam-me à porta a pedir abrigo e cobertores para se aquecerem", contou um vizinho. "Que eles sofriam maus tratos já se dizia. Até se conta que um dia um deles foi bater à porta de uma casa, já passava da meia-noite, a pedir que o acolhessem senão o pai matava--o", adiantou outro.
Os irmãos foram levados para o Brasil pela mãe no final de 2008 e ficaram com uma ama que já tinha cuidado deles em Portugal. Após uma denúncia, foram encontrados numa zona rural e repatriados, estando agora numa instituição em Coimbra.
Irmãos pediam abrigo de noite
Na urbanização Vila d’Alva, em Cantanhede, são muitos os vizinhos que contam episódios de alegados maus tratos e negligência a que foram sujeitos os três irmãos repatriados do Brasil por abandono dos pais adoptivos. Alguns moradores ajudaram os menores enquanto viveram no bairro, até final do ano passado.
O casal – uma professora universitária em Coimbra com raízes em Outil e um engenheiro civil – instalou-se na urbanização há seis anos, com as crianças, de 10, 12 e 13 anos. Os vizinhos habituaram-se a vê-las "irem sozinhas a pé para a escola", que fica a três quilómetros, sabendo que "eram castigadas várias vezes e que tinham medo dos pais".
"O tribunal, a Segurança Social e todas as entidades que sabiam do que se passava deviam ter agido a tempo", disse ontem um morador. Devido a uma denúncia da Escola EB 2,3 de Cantanhede, a família estava sinalizada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens desde 2008.
"Às vezes estavam na rua até à noite à espera dos pais e batiam-me à porta a pedir abrigo e cobertores para se aquecerem", contou um vizinho. "Que eles sofriam maus tratos já se dizia. Até se conta que um dia um deles foi bater à porta de uma casa, já passava da meia-noite, a pedir que o acolhessem senão o pai matava--o", adiantou outro.
Os irmãos foram levados para o Brasil pela mãe no final de 2008 e ficaram com uma ama que já tinha cuidado deles em Portugal. Após uma denúncia, foram encontrados numa zona rural e repatriados, estando agora numa instituição em Coimbra.