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RoterTeufel
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Faro: Reitor pediu ao Ministério mais anos de transição para o curso
Alunos ameaçam processar UAlg
Sem soluções à vista, os estudantes do curso de Ensino de Informática ameaçam processar a Universidade do Algarve por ter aceitado novas inscrições para um curso que sabia que iria deixar de existir.
Os estudantes sentem-se "traídos" e acusam a Universidade de "agir de má-fé" por não ter avisado sobre a programada extinção do curso até final deste ano lectivo, por imposição do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.
"Quando fiz a inscrição, a Universidade já sabia que o curso ia encerrar e que não tinha sido autorizado o mestrado em Ensino. Mas aceitou a matrícula para ganhar mais alunos", acusa Nuno Mendes, um dos 23 estudantes com o "futuro hipotecado".
Ana Rodrigues acusa a UAlg de actuar de forma inconstitucional, ao tentar adaptar a Bolonha um curso que vai acabar. "Se o curso vai deixar de existir e não há nenhum mestrado adequado, como é que se faz a transição?", questiona a estudante, que entende que "não há transição possível".
O mestrado mais próximo é em Engenharia Informática, formação que "contraria as expectativas dos alunos", segundo Ana Rodrigues, porque "não dá acesso à carreira de docente". Outra alternativa é o mestrado em Ensino do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário. Mas "este mestrado não inclui o ramo de informática". A quarta hipótese é o mestrado em Didáctica e Inovação no Ensino das Ciências, mas só pode aceder a este curso quem já tenha habilitações profissionais.
REITOR QUER MANTER O CURSO
Face aos protestos dos alunos afectados, o reitor da Universidade do Algarve pediu à Direcção-Geral do Ensino Superior o prolongamento do período de encerramento do curso por mais quatro anos, até ao ano lectivo de 2012/2013, para dar hipótese a que todos os alunos acabem a licenciatura.
Apesar das várias tentativas do CM em obter respostas concretas, o reitor João Guerreiro limitou-se a informar, via e-mail, que é intenção da UAlg manter o curso em funcionamento, não tendo prestado mais esclarecimentos.
A continuidade da licenciatura vai contrariar a posição do Ministério em acabar, até 2010, com todos os cursos que não cumpram as exigências da Declaração de Bolonha.
O CM questionou o Ministério do Ensino Superior sobre esta excepção, mas não obteve resposta.
SAIBA MAIS
MESTRADO REJEITADO
Os estudantes de Ensino de Informática querem que o curso seja adaptado a Bolonha. A solução passaria por um mestrado na área pedagógica, alternativa rejeitada pelo Ministério em Novembro de 2007. Os últimos alunos entraram em Dezembro.
23
é o número de alunos afectados pelo fim do curso de Ensino de Informática. Doze entraram no ano lectivo 2007/08.
900
é o valor em euros da propina anual paga pelos alunos, acrescido de 25 euros de seguro.
CERTIFICAÇÃO EM RISCO
Mesmo que o Ministério aceite prolongar o encerramento, os alunos receiam que no final o curso não seja certificado por não se ter adaptado a Bolonha.
Alunos ameaçam processar UAlg
Sem soluções à vista, os estudantes do curso de Ensino de Informática ameaçam processar a Universidade do Algarve por ter aceitado novas inscrições para um curso que sabia que iria deixar de existir.
Os estudantes sentem-se "traídos" e acusam a Universidade de "agir de má-fé" por não ter avisado sobre a programada extinção do curso até final deste ano lectivo, por imposição do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.
"Quando fiz a inscrição, a Universidade já sabia que o curso ia encerrar e que não tinha sido autorizado o mestrado em Ensino. Mas aceitou a matrícula para ganhar mais alunos", acusa Nuno Mendes, um dos 23 estudantes com o "futuro hipotecado".
Ana Rodrigues acusa a UAlg de actuar de forma inconstitucional, ao tentar adaptar a Bolonha um curso que vai acabar. "Se o curso vai deixar de existir e não há nenhum mestrado adequado, como é que se faz a transição?", questiona a estudante, que entende que "não há transição possível".
O mestrado mais próximo é em Engenharia Informática, formação que "contraria as expectativas dos alunos", segundo Ana Rodrigues, porque "não dá acesso à carreira de docente". Outra alternativa é o mestrado em Ensino do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário. Mas "este mestrado não inclui o ramo de informática". A quarta hipótese é o mestrado em Didáctica e Inovação no Ensino das Ciências, mas só pode aceder a este curso quem já tenha habilitações profissionais.
REITOR QUER MANTER O CURSO
Face aos protestos dos alunos afectados, o reitor da Universidade do Algarve pediu à Direcção-Geral do Ensino Superior o prolongamento do período de encerramento do curso por mais quatro anos, até ao ano lectivo de 2012/2013, para dar hipótese a que todos os alunos acabem a licenciatura.
Apesar das várias tentativas do CM em obter respostas concretas, o reitor João Guerreiro limitou-se a informar, via e-mail, que é intenção da UAlg manter o curso em funcionamento, não tendo prestado mais esclarecimentos.
A continuidade da licenciatura vai contrariar a posição do Ministério em acabar, até 2010, com todos os cursos que não cumpram as exigências da Declaração de Bolonha.
O CM questionou o Ministério do Ensino Superior sobre esta excepção, mas não obteve resposta.
SAIBA MAIS
MESTRADO REJEITADO
Os estudantes de Ensino de Informática querem que o curso seja adaptado a Bolonha. A solução passaria por um mestrado na área pedagógica, alternativa rejeitada pelo Ministério em Novembro de 2007. Os últimos alunos entraram em Dezembro.
23
é o número de alunos afectados pelo fim do curso de Ensino de Informática. Doze entraram no ano lectivo 2007/08.
900
é o valor em euros da propina anual paga pelos alunos, acrescido de 25 euros de seguro.
CERTIFICAÇÃO EM RISCO
Mesmo que o Ministério aceite prolongar o encerramento, os alunos receiam que no final o curso não seja certificado por não se ter adaptado a Bolonha.