O Banco Espírito Santo contraria hoje o movimento de alta do sector e das bolsas, com as acções da instituições a cederem mais de 2%, uma vez que foram admitidas hoje à negociação as 666,66 milhões de acções resultantes do aumento de capital que o banco efectuou. Veja na calculadora do Negócios quando está a ganhar ou a perder com as acções, depois de concluído o aumento de capital.
O BES cai 2,45% para 3,502 euros, a aliviar de uma queda máxima de 3,90% para 3,45 euros, nesta que é a segunda sessão consecutiva em terreno negativo para o banco.
São mais de 666 milhões de títulos que, após um período de cerca de uma semana de "indisponibilidade", passam a integrar o capital social do banco liderado por Ricardo Salgado, e vêm colocar pressão vendedora sobre as acções do BES.
Estes novos títulos juntam-se aos 500 milhões já em bolsa. O BES passa, assim, a contar com um total de 1.166 milhões de acções, tendo encaixado com estas últimas uma quantia de 1.200 milhões de euros, valor que tem como principal objectivo reforçar os rácios de solvabilidade do banco.
Depois das fortes subidas nas sessões em que decorreu o período de subscrição, os investidores que receberam as novas acções estão a aproveitar para realizar mais-valias imediatas, o que está a pressionar os títulos.
A queda de 9,4% registada esta semana, segue-se às fortes subidas verificadas na semana passada. Na última quinta-feira os títulos dispararam mais de 10% para 3,70 euros.
Cada nova acção foi vendida a 1,80 euros. Para a adquirir, os investidores necessitaram apenas de 75% de um direito. Estes terminaram a negociação em mercado regulamentado a valer 25% menos do que na estreia, atribuindo um valor teórico às novas acções do BES substancialmente inferior ao dos títulos já transaccionados em bolsa.
O desequilíbrio entre direitos e acções permite ganhos elevados aos muitos investidores que participaram no aumento de capital (tanto actuais accionistas como novos investidores). Considerando o preço médio dos 90,1 milhões de direitos negociados, à cotação de fecho de ontem, as mais-valias com as novas acções ascendem a 91,62 milhões de euros.
As acções do BES terminaram ontem a sessão a cair 2,97% para 3,59 euros, desempenho que "já revela alguma pressão" sobre os títulos do BES, com os investidores "a anteciparem pressão vendedora" dada a entrada das novas acções na bolsa, explicou Pedro Santos, analista do Millennium IB, ao Negócios.
Jornal de Negócios
O BES cai 2,45% para 3,502 euros, a aliviar de uma queda máxima de 3,90% para 3,45 euros, nesta que é a segunda sessão consecutiva em terreno negativo para o banco.
São mais de 666 milhões de títulos que, após um período de cerca de uma semana de "indisponibilidade", passam a integrar o capital social do banco liderado por Ricardo Salgado, e vêm colocar pressão vendedora sobre as acções do BES.
Estes novos títulos juntam-se aos 500 milhões já em bolsa. O BES passa, assim, a contar com um total de 1.166 milhões de acções, tendo encaixado com estas últimas uma quantia de 1.200 milhões de euros, valor que tem como principal objectivo reforçar os rácios de solvabilidade do banco.
Depois das fortes subidas nas sessões em que decorreu o período de subscrição, os investidores que receberam as novas acções estão a aproveitar para realizar mais-valias imediatas, o que está a pressionar os títulos.
A queda de 9,4% registada esta semana, segue-se às fortes subidas verificadas na semana passada. Na última quinta-feira os títulos dispararam mais de 10% para 3,70 euros.
Cada nova acção foi vendida a 1,80 euros. Para a adquirir, os investidores necessitaram apenas de 75% de um direito. Estes terminaram a negociação em mercado regulamentado a valer 25% menos do que na estreia, atribuindo um valor teórico às novas acções do BES substancialmente inferior ao dos títulos já transaccionados em bolsa.
O desequilíbrio entre direitos e acções permite ganhos elevados aos muitos investidores que participaram no aumento de capital (tanto actuais accionistas como novos investidores). Considerando o preço médio dos 90,1 milhões de direitos negociados, à cotação de fecho de ontem, as mais-valias com as novas acções ascendem a 91,62 milhões de euros.
As acções do BES terminaram ontem a sessão a cair 2,97% para 3,59 euros, desempenho que "já revela alguma pressão" sobre os títulos do BES, com os investidores "a anteciparem pressão vendedora" dada a entrada das novas acções na bolsa, explicou Pedro Santos, analista do Millennium IB, ao Negócios.
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