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RoterTeufel
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Acidente: Trabalhos na obra continuam normalmente
Operários vão hoje a enterrar
Destroçados. É assim que se sentem as famílias dos dois operários que perderam a vida, anteontem, esmagados por uma placa de betão na obra da nova sede da Vodafone, na avenida da Boavista, no Porto.
No estaleiro, ontem, já não restavam marcas do acidente mortal. A empresa Teixeira Duarte, responsável pela empreitada, continua a não prestar qualquer esclarecimento.
No Vale do Sousa, nos lares onde viviam Augusto Machado e Hermano Vieira, as vítimas mortais, as lágrimas dos familiares não param. "Ele é que cuidava da nossa mãe, asmática, de 72 anos, todos os dias e que a sustentava. Era a sua companhia do dia a dia e ela ainda está em estado de choque", desabafaram ao CM Maria Jacinta e Fernanda, irmãs de Augusto. O operário, de 38 anos, vai esta tarde a enterrar, na campa do cemitério de Freamunde, Paços de Ferreira, onde o seu pai foi sepultado há três anos.
A alguns quilómetros, na Freguesia de Soalhães, Marco de Canaveses, outra família está inconsolável. Chora a perda de Hermano Vieira que deixa duas filhas, de 7 e 14 anos. "Ainda nem acreditamos. Ele era tudo para as minhas netas e era um grande homem. Vivia e trabalhava para a família. Todos os dias ligava para casa à hora de almoço para falar com a família", contou ao CM Alcino Serra, sogro de Hermano. O corpo sai esta manhã da sua casa para ser sepultado.
O dono da empresa para a qual as vítimas trabalhavam é primo de Hermano e ontem passou o dia no IML do Porto. Ao que apurámos, a firma, em regime de subempreitada, tinha seguro dos operários.
"A VIDA PARA NÓS CONTINUA"
Ontem, ao início da manhã, as obras no edifício da avenida da Boavista recomeçaram. O desânimo era evidente na cara dos trabalhadores que ainda tinham bem fresco na memória o acidente que vitimou dois colegas de trabalho.
" É muito difícil trabalhar depois do que aconteceu, perdemos dois amigos. Mas, para nós, a vida continua, não podemos estar parados, o dinheiro não cai do céu", afirmou Manuel Vieira, um trabalhador.
Apesar das acusações feitas pelo Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil do Norte sobre a falta de segurança da obra, os operários não temem que o incidente se repita. "Não temos medo, esta obra é muito segura. Ninguém sabe ao certo o que se passou, mas falta de segurança não foi de certeza", explicou outro funcionário. Nenhum responsável da obra quis falar.
Operários vão hoje a enterrar
Destroçados. É assim que se sentem as famílias dos dois operários que perderam a vida, anteontem, esmagados por uma placa de betão na obra da nova sede da Vodafone, na avenida da Boavista, no Porto.
No estaleiro, ontem, já não restavam marcas do acidente mortal. A empresa Teixeira Duarte, responsável pela empreitada, continua a não prestar qualquer esclarecimento.
No Vale do Sousa, nos lares onde viviam Augusto Machado e Hermano Vieira, as vítimas mortais, as lágrimas dos familiares não param. "Ele é que cuidava da nossa mãe, asmática, de 72 anos, todos os dias e que a sustentava. Era a sua companhia do dia a dia e ela ainda está em estado de choque", desabafaram ao CM Maria Jacinta e Fernanda, irmãs de Augusto. O operário, de 38 anos, vai esta tarde a enterrar, na campa do cemitério de Freamunde, Paços de Ferreira, onde o seu pai foi sepultado há três anos.
A alguns quilómetros, na Freguesia de Soalhães, Marco de Canaveses, outra família está inconsolável. Chora a perda de Hermano Vieira que deixa duas filhas, de 7 e 14 anos. "Ainda nem acreditamos. Ele era tudo para as minhas netas e era um grande homem. Vivia e trabalhava para a família. Todos os dias ligava para casa à hora de almoço para falar com a família", contou ao CM Alcino Serra, sogro de Hermano. O corpo sai esta manhã da sua casa para ser sepultado.
O dono da empresa para a qual as vítimas trabalhavam é primo de Hermano e ontem passou o dia no IML do Porto. Ao que apurámos, a firma, em regime de subempreitada, tinha seguro dos operários.
"A VIDA PARA NÓS CONTINUA"
Ontem, ao início da manhã, as obras no edifício da avenida da Boavista recomeçaram. O desânimo era evidente na cara dos trabalhadores que ainda tinham bem fresco na memória o acidente que vitimou dois colegas de trabalho.
" É muito difícil trabalhar depois do que aconteceu, perdemos dois amigos. Mas, para nós, a vida continua, não podemos estar parados, o dinheiro não cai do céu", afirmou Manuel Vieira, um trabalhador.
Apesar das acusações feitas pelo Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil do Norte sobre a falta de segurança da obra, os operários não temem que o incidente se repita. "Não temos medo, esta obra é muito segura. Ninguém sabe ao certo o que se passou, mas falta de segurança não foi de certeza", explicou outro funcionário. Nenhum responsável da obra quis falar.