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Cheques sem provisão aumentam 11,2% em Fevereiro
Os portugueses emitiram 165,2 milhões de euros de cheques com falta ou insuficiência de provisão em Fevereiro último, um aumento de 11,2% face a mês homólogo do ano passado.
De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, o valor médio de cada cheque sem provisão foi, naquele mês, de três mil euros, um valor unitário que tem vindo a aumentar, devido à despenalização dos cheques com valor inferior a 150 euros.
Este meio de pagamento tem vindo a reduzir a sua importância, face à cada vez maior utilização dos cartões e também das transferências bancárias. Em Fevereiro último, os cheques emitidos serviram para pagar 17,7 mil milhões de euros, contra 22,3 mil milhões de euros em igual período do ano passado, ou seja, uma queda de 20,6%. No entanto, os cheques "carecas" estão a aumentar em relação ao total emitido: em Fevereiro do ano passado, os que foram emitidos sem provisão representavam 0,6% do total; em igual mês deste ano, os mesmos representavam 0,9% do total.
Este é um indicador de dificuldades acrescidas por parte dos consumidores. Em Dezembro último, por exemplo, os cheques sem provisão atingiram um valor que já não era visto desde Março de 2005, ou seja, 203 milhões de euros.
No entanto, como os montantes pagos com este meio ascenderam a 22,7 mil milhões de euros (trata-se do mês que regista os maiores níveis de consumo do ano) o rácio de cheques "carecas" foi de 0,8% do total, inferior ao verificado em Fevereiro último.
No total, nos dois primeiros meses de 2009, os cheques sem provisão somaram 353,5 milhões de euros, para um universo de pagamentos com este meio de 39,3 mil milhões de euros, o que resulta num rácio de 0,8% de cheques "carecas". Nos dois primeiros meses de 2008, os montantes devolvidos por falta de provisão ascendiam a 311,7 milhões de euros, para um total de pagamentos feitos com cheques de 47,5 mil milhões de euros, ou seja, um rácio de 0,6% de cheques sem provisão. Um arranque de ano que mostra agravamento da situação.
A falta ou insuficiência de provisão é, de longe, o principal motivo que leva os bancos a devolverem este meio de pagamento à instituição congénere que o emite. Em segundo, surge a devolução a pedido do tomador, seguida da devolução por cheque revogado por extravio.
Outro dado relevante é o facto de a maior parte dos cheques "carecas" devolvidos serem, em número, os passado com valores entre os 500 e os mil euros (13,6 mil devolvidos). No entanto, os cerca de 5600 cheques devolvidos, passados com valores entre os cinco mil e os dez mil euros, somaram os 37,4 mil milhões de euros. À medida que o valor unitário de cada cheque aumenta, reduz-se a falta de provisão, explicada pelo maior recurso aos cheques visados, ou seja, com prova de provisão por parte do banco sacado.
DN
Os portugueses emitiram 165,2 milhões de euros de cheques com falta ou insuficiência de provisão em Fevereiro último, um aumento de 11,2% face a mês homólogo do ano passado.
De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, o valor médio de cada cheque sem provisão foi, naquele mês, de três mil euros, um valor unitário que tem vindo a aumentar, devido à despenalização dos cheques com valor inferior a 150 euros.
Este meio de pagamento tem vindo a reduzir a sua importância, face à cada vez maior utilização dos cartões e também das transferências bancárias. Em Fevereiro último, os cheques emitidos serviram para pagar 17,7 mil milhões de euros, contra 22,3 mil milhões de euros em igual período do ano passado, ou seja, uma queda de 20,6%. No entanto, os cheques "carecas" estão a aumentar em relação ao total emitido: em Fevereiro do ano passado, os que foram emitidos sem provisão representavam 0,6% do total; em igual mês deste ano, os mesmos representavam 0,9% do total.
Este é um indicador de dificuldades acrescidas por parte dos consumidores. Em Dezembro último, por exemplo, os cheques sem provisão atingiram um valor que já não era visto desde Março de 2005, ou seja, 203 milhões de euros.
No entanto, como os montantes pagos com este meio ascenderam a 22,7 mil milhões de euros (trata-se do mês que regista os maiores níveis de consumo do ano) o rácio de cheques "carecas" foi de 0,8% do total, inferior ao verificado em Fevereiro último.
No total, nos dois primeiros meses de 2009, os cheques sem provisão somaram 353,5 milhões de euros, para um universo de pagamentos com este meio de 39,3 mil milhões de euros, o que resulta num rácio de 0,8% de cheques "carecas". Nos dois primeiros meses de 2008, os montantes devolvidos por falta de provisão ascendiam a 311,7 milhões de euros, para um total de pagamentos feitos com cheques de 47,5 mil milhões de euros, ou seja, um rácio de 0,6% de cheques sem provisão. Um arranque de ano que mostra agravamento da situação.
A falta ou insuficiência de provisão é, de longe, o principal motivo que leva os bancos a devolverem este meio de pagamento à instituição congénere que o emite. Em segundo, surge a devolução a pedido do tomador, seguida da devolução por cheque revogado por extravio.
Outro dado relevante é o facto de a maior parte dos cheques "carecas" devolvidos serem, em número, os passado com valores entre os 500 e os mil euros (13,6 mil devolvidos). No entanto, os cerca de 5600 cheques devolvidos, passados com valores entre os cinco mil e os dez mil euros, somaram os 37,4 mil milhões de euros. À medida que o valor unitário de cada cheque aumenta, reduz-se a falta de provisão, explicada pelo maior recurso aos cheques visados, ou seja, com prova de provisão por parte do banco sacado.
DN