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Qimonda admite que deve mais de 139 milhões ao Estado português

Hdi

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Set 10, 2007
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O Estado português apresenta-se como o maior credor da Qimonda Portugal. É a própria administração da empresa instalada em Vila do Conde que, no processo de insolvência, reconhece que é devedora de, pelo menos, 139 milhões de euros de incentivos financeiros estatais.

A empresa presidida por Armando Tavares considera como "muito provável" o surgimento do "direito de crédito do Estado sobre a Qimonda Portugal relativamente ao montante global de cerca de 139 milhões de euros, correspondente a financiamentos não convertidos, a que acrescem os respectivos juros contratuais", adianta a mesma fonte em sede de processo de insolvência.

Primeiro pelo ICEP e o Iapmei, depois pela API, e mais recentemente através da AICEP, o Estado português apoiou fortemente a instalação e sucessivas expansões da fábrica de Vila do Conde, por via dos chamados contratos de investimento. "Na verdade, a incerteza quanto à possibilidade de retoma do fluxo de fornecimento de matérias-primas, nomeadamente de 'wafers' [material semi-condutor], não permite antever um cenário de recuperação da actividade da apresentante nos termos em que esta vinha sendo desenvolvida, determinando assim a impossibilidade prática de serem alcançados os objectivos fixados nos contratos de investimento", explica a empresa.

Para um investimento inicial de 221 milhões de euros, a então Siemens Semicondutores recebeu a título de incentivo financeiro do então PEDIP cerca de 69 milhões de euros. A conclusão do chamado primeiro módulo fabril, no início do novo século, ascendeu a cerca de 372 milhões de euros, elevando o incentivo estatal a mais de 127 milhões de euros. Seguiu-se, em 2004, a construção do segundo módulo, num investimento aproximado de 230 milhões de euros, com as ajudas estatais directas a rondar os 60 milhões de euros.

Já como Qimonda Portugal, o Estado português viria a atribuir, em 2006, mais 17 milhões para um investimento superior a 70 milhões de euros na mesma unidade. Acrescem os incentivos de menor dimensão, em termos financeiros, realizados na área da investigação e desenvolvimento e na ligação ao sistema universitário e tecnológico nacional.

Pelas contas do Negócios, para um investimento global da ordem dos 700 milhões de euros, a empresa instalada em Vila do Conde terá embolsado, no âmbito do PEDIP, POE e Prime, cerca de 220 milhões de euros. Acrescem os incentivos de carácter fiscal que foram atribuídos ao longo destes anos.

Jornal de Negócios
 
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