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RoterTeufel
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Pombal: Amante executou-o com dois tiros por ciúmes de outros homens
Noite gay foi fatal
As habituais deslocações de José do Carmo a bares de Lisboa, frequentados por muitos homossexuais, terão ajudado a destruir a relação que mantinha com Paulo, o homem que o executou com dois tiros, na madrugada de terça-feira, em Carriço, Pombal.
A vítima, que foi amarrada e amordaçada, 'gostava de conviver com os amigos em bares como o Maxime ou o Finalmente, onde era sempre muito bem recebido'. O companheiro, Paulo Figueiredo, consumia-se de ciúmes com as suas saídas e matou-o. Segundo um conhecido da vítima, esta instabilidade emocional ajudou a deteriorar a relação. 'O Zezito era muito querido e todos lhe queriam pagar um copo quando vinha a Lisboa. Mas ultimamente andava um pouco triste. Dizia que era dos problemas lá em casa', conta ao CM.
Introvertido, José, de 37 anos, nunca chegou a verbalizar as suas preocupações. Ficaram a conhecer-se na madrugada de terça-feira. Paulo Figueiredo, de 43 anos, não suportou a ideia de ver o companheiro com outros homens e matou-o a tiro, quando chegava do trabalho, num cenário de extrema violência. De resto, o aumento da violência doméstica entre homossexuais é uma das preocupações da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e das associações representativas de lésbicas e homossexuais. 'A questão já existia, tal como alertámos há uns anos, está é a tornar--se mais visível', afirma António Serzedelo, presidente da Opus Gay.
Sem estudos que permitam avaliar a dimensão do problema, Paulo Corte Real, da Ilga Portugal, alerta para outra questão: 'Há uma dificuldade acrescida na denúncia destes casos, por medo da reacção no momento da queixa.'
APONTAMENTOS
FUNERAL
A missa de corpo presente em honra de José do Carmo realiza-se hoje, às 11h00, na Capela de S. Miguel, em Matas, Louriçal. O corpo será sepultado no cemitério local.
PRESO
Paulo Figueiredo foi ouvido ontem por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Pombal. Ao final da tarde recolheu à cadeia, onde irá aguardar julgamento em prisão preventiva.
CAMPANHA
A APAV tem em curso uma campanha de sensibilização para denúncia de violência doméstica entre pessoas do mesmo sexo. Queixa pode ser feita por telefone ou e-mail.
Noite gay foi fatal
As habituais deslocações de José do Carmo a bares de Lisboa, frequentados por muitos homossexuais, terão ajudado a destruir a relação que mantinha com Paulo, o homem que o executou com dois tiros, na madrugada de terça-feira, em Carriço, Pombal.
A vítima, que foi amarrada e amordaçada, 'gostava de conviver com os amigos em bares como o Maxime ou o Finalmente, onde era sempre muito bem recebido'. O companheiro, Paulo Figueiredo, consumia-se de ciúmes com as suas saídas e matou-o. Segundo um conhecido da vítima, esta instabilidade emocional ajudou a deteriorar a relação. 'O Zezito era muito querido e todos lhe queriam pagar um copo quando vinha a Lisboa. Mas ultimamente andava um pouco triste. Dizia que era dos problemas lá em casa', conta ao CM.
Introvertido, José, de 37 anos, nunca chegou a verbalizar as suas preocupações. Ficaram a conhecer-se na madrugada de terça-feira. Paulo Figueiredo, de 43 anos, não suportou a ideia de ver o companheiro com outros homens e matou-o a tiro, quando chegava do trabalho, num cenário de extrema violência. De resto, o aumento da violência doméstica entre homossexuais é uma das preocupações da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e das associações representativas de lésbicas e homossexuais. 'A questão já existia, tal como alertámos há uns anos, está é a tornar--se mais visível', afirma António Serzedelo, presidente da Opus Gay.
Sem estudos que permitam avaliar a dimensão do problema, Paulo Corte Real, da Ilga Portugal, alerta para outra questão: 'Há uma dificuldade acrescida na denúncia destes casos, por medo da reacção no momento da queixa.'
APONTAMENTOS
FUNERAL
A missa de corpo presente em honra de José do Carmo realiza-se hoje, às 11h00, na Capela de S. Miguel, em Matas, Louriçal. O corpo será sepultado no cemitério local.
PRESO
Paulo Figueiredo foi ouvido ontem por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Pombal. Ao final da tarde recolheu à cadeia, onde irá aguardar julgamento em prisão preventiva.
CAMPANHA
A APAV tem em curso uma campanha de sensibilização para denúncia de violência doméstica entre pessoas do mesmo sexo. Queixa pode ser feita por telefone ou e-mail.