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Lares de idosos sem funcionários

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RoterTeufel

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Emprego: Centro paroquial em Lisboa precisa de dez ajudantes
Lares de idosos sem funcionários


Enquanto a crise económica faz em média dois mil desempregados por dia, os lares de idosos dos centros paroquiais enfrentam o problema da falta de pessoas para trabalhar.



Apesar de oferecerem ordenado certo, com possibilidade de subsídio de turno, e refeições, as instituições não conseguem pre-encher as vagas para ajudantes de acção directa – função que visa prestar cuidados de higiene e alimentação aos mais velhos –, funções de ajudante de cozinha e dos serviços gerais .

"As pessoas chegam aqui enviadas pelo centro de emprego, dizem que no dia seguinte vêm trabalhar mas nunca mais aparecem", disse ao CM o cónego Francisco Crespo, director do centro social e paroquial de São Vicente de Paulo, no bairro da Serafina, em Lisboa, explicando que tem três vagas para ajudantes de acção directa para apoio domiciliário a idosos que não consegue preencher. Sete outras vagas para ajudantes de cozinha e ajudantes de limpeza estão também por ocupar.

"O salário para tratar de idosos é de 485 euros, mais 25% de subsídio de turno com possibilidade de tomarem as refeições no lar. Reconheço que o salário é baixo, mas mais não podemos pagar", acrescenta o responsável por 120 idosos. O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, padre Lino Maia, confirma que este é um problema em todo o País, mesmo com o aumento do desemprego: "As pessoas que aceitam estes trabalhos permanecem pouco tempo, por serem tarefas desgastantes, pelo que esta elevada rotatividade nos cria uma dificuldade permanente."

Já o presidente da direcção do Sindicato de Hotelaria do Sul, Rodolfo Caseiro, justifica a falta de pessoas para trabalhar nas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com os baixos salários e o ritmo de trabalho: "As pessoas fartam-se de trabalhar de dia e de noite para receber 426 euros. Nas negociações com as IPSS defendemos, por isso, a valorização dos salários".

APONTAMENTOS

LARES ENCERRADOS

A falta de pessoal foi a principal causa para o encerramento, nos primeiros dez meses do ano passado, de 75 lares pelo Instituto de Segurança Social.

200 MIL TRABALHADORES

Trabalham nas 3500 instituições particulares de solidariedade social (IPSS) existentes no País cerca de duzentas mil pessoas.

70 MIL INSCRITOS

O passado mês de Janeiro registou mais de 70 mil inscritos nos centros de emprego, o que equivale a dois mil por dia.
 
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