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RoterTeufel
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Lisboa: PJ e unidade especial do DIAP concluem caso de homicídio
Casa Pia com 16 acusados
A guerra entre gangs estalou de manhã cedo na Casa Pia, em Lisboa, e Eucrides manteve--se à margem. Vivia no bairro Santa Filomena, mas nada tinha contra o Casal da Mira, também na Amadora. Por isso, nem acelerou o passo ao caminhar pelo pátio 3 de Julho, na tarde do último dia 12 de Dezembro, quando mais de 20 rivais invadiram o Colégio Pina Manique. Os amigos deixaram-no para trás e viu-se cercado por seis rapazes, que o espancaram a socos e pontapés. Por último, Rúben Moreno apanhou a vítima, de 19 anos, distraída – e espetou-lhe uma faca pelas costas.
"Eucrides acusou o golpe, vacilando, e dobrou-se sobre si – acabando por tombar no solo", pode ler-se no despacho da Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP de Lisboa, a que o CM teve acesso. A vítima morreu já no hospital e o homicida é um dos 16 acusados do Ministério Público.
Rúben responde pelo homicídio, participação em rixa e introdução em lugar vedado ao público; os outros 15 agressores que invadiram a Casa Pia estão acusados pelos últimos dois crimes.
Enquanto Rúben matava Eucrides à facada, voavam copos, pratos, talheres e cadeiras no refeitório da Casa Pia. O homicida aproveitou a confusão "para puxar a faca do corpo" da vítima e fugiu do colégio, desfazendo-se depois da arma no chão – acabando por ser recolhida pela secção de homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa.
Muitos fugiram para a Amadora a seguir ao crime, mas a maioria foi apanhada ainda na zona do colégio, em Belém, e levada para a sede da PJ. Os investigadores trabalhavam em contra-relógio, pelo alarme social de um homicídio dentro de um colégio do Estado – e depois de apertado o cerco às testemunhas chegaram ao nome de António Varela.
Está entre os participantes, mas foi mal denunciado – acabou preso pelo juiz no dia seguinte. A investigação da PJ nunca parou e, em menos de um mês, chegou a Rúben Moreno, 17 anos. O homicida está preso, Varela foi solto, mas vão todos responder a tribunal.
PORMENORES
PERFURAÇÃO DE 5 CM
Eucrides Varela morreu vítima de uma perfuração com cinco centímetros no pulmão esquerdo, na sequência de uma violenta facada que Rúben Moreno lhe desferiu.
FACA EMPRESTADA
A faca que Rúben levava à cintura, escondida pela camisola, quando invadiu a Casa Pia de Lisboa, tinha-lhe sido emprestada dias antes por Claudino Semedo, também ele do bairro do Casal da Mira e acusado por participação em rixa e invasão ao colégio.
FAMÍLIA CHOCADA
A morte de Eucrides deixou a família em choque no bairro de Santa Filomena. Miguel Varela, o pai, disse ao ‘CM’ que "a "culpa é da Casa Pia. Como é possível isto acontecer dentro de um recinto do Estado?"
REFORÇO DE SEGURANÇA
O colégio Pina Manique fechou a 12 de Dezembro por causa do homicídio, e passadas as férias de Natal só reabriu a 5 de Janeiro – com reforço da segurança.
Casa Pia com 16 acusados
A guerra entre gangs estalou de manhã cedo na Casa Pia, em Lisboa, e Eucrides manteve--se à margem. Vivia no bairro Santa Filomena, mas nada tinha contra o Casal da Mira, também na Amadora. Por isso, nem acelerou o passo ao caminhar pelo pátio 3 de Julho, na tarde do último dia 12 de Dezembro, quando mais de 20 rivais invadiram o Colégio Pina Manique. Os amigos deixaram-no para trás e viu-se cercado por seis rapazes, que o espancaram a socos e pontapés. Por último, Rúben Moreno apanhou a vítima, de 19 anos, distraída – e espetou-lhe uma faca pelas costas.
"Eucrides acusou o golpe, vacilando, e dobrou-se sobre si – acabando por tombar no solo", pode ler-se no despacho da Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP de Lisboa, a que o CM teve acesso. A vítima morreu já no hospital e o homicida é um dos 16 acusados do Ministério Público.
Rúben responde pelo homicídio, participação em rixa e introdução em lugar vedado ao público; os outros 15 agressores que invadiram a Casa Pia estão acusados pelos últimos dois crimes.
Enquanto Rúben matava Eucrides à facada, voavam copos, pratos, talheres e cadeiras no refeitório da Casa Pia. O homicida aproveitou a confusão "para puxar a faca do corpo" da vítima e fugiu do colégio, desfazendo-se depois da arma no chão – acabando por ser recolhida pela secção de homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa.
Muitos fugiram para a Amadora a seguir ao crime, mas a maioria foi apanhada ainda na zona do colégio, em Belém, e levada para a sede da PJ. Os investigadores trabalhavam em contra-relógio, pelo alarme social de um homicídio dentro de um colégio do Estado – e depois de apertado o cerco às testemunhas chegaram ao nome de António Varela.
Está entre os participantes, mas foi mal denunciado – acabou preso pelo juiz no dia seguinte. A investigação da PJ nunca parou e, em menos de um mês, chegou a Rúben Moreno, 17 anos. O homicida está preso, Varela foi solto, mas vão todos responder a tribunal.
PORMENORES
PERFURAÇÃO DE 5 CM
Eucrides Varela morreu vítima de uma perfuração com cinco centímetros no pulmão esquerdo, na sequência de uma violenta facada que Rúben Moreno lhe desferiu.
FACA EMPRESTADA
A faca que Rúben levava à cintura, escondida pela camisola, quando invadiu a Casa Pia de Lisboa, tinha-lhe sido emprestada dias antes por Claudino Semedo, também ele do bairro do Casal da Mira e acusado por participação em rixa e invasão ao colégio.
FAMÍLIA CHOCADA
A morte de Eucrides deixou a família em choque no bairro de Santa Filomena. Miguel Varela, o pai, disse ao ‘CM’ que "a "culpa é da Casa Pia. Como é possível isto acontecer dentro de um recinto do Estado?"
REFORÇO DE SEGURANÇA
O colégio Pina Manique fechou a 12 de Dezembro por causa do homicídio, e passadas as férias de Natal só reabriu a 5 de Janeiro – com reforço da segurança.