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Ex-vereadores ‘apagam’ ofícios

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Caso Isaltino: Cabo-verdianos explicam oferta de terreno em tribunal
Ex-vereadores ‘apagam’ ofícios

Ex-vereadores da Câmara de São Vicente, Cabo Verde, confirmaram ontem a oferta de um terreno a Isaltino Morais para a construção de uma moradia no concelho, como forma de "gratidão" pelo empenho do autarca no processo de geminação entre os dois municípios. Mas a forma como se processou essa cedência ficou com muitas explicações por dar.



Através de videoconferência, Jorge Melo, ex-vereador, não conseguiu esclarecer o facto de o projecto para o referido terreno ser apresentado antes da escritura de doação. "Foi uma forma de forçar a vinda dele, gostaríamos de ter esse prazer", insistiu Jorge Melo, nunca respondendo em concreto às dúvidas do Ministério Público e da juíza-presidente.

José de Faria, também ex-vereador, ficou sem resposta quando confrontado com um ofício por si assinado onde se lê que houve "[...] grande interesse demonstrado por Isaltino Morais em investir em algo pessoal" naquele concelho. Não mais esclarecedor foi o depoimento de José Mariano, ex-vereador e ex-capitão dos Portos da Marinha Mercante de São Vicente, que autorizou a construção da casa, apesar de o terreno ocupar uma parcela da Orla Marítima. "Vendo assim dá a sensação de tratamento de favor", reagiu depois de ver um parecer que o próprio elaborou e assinou.

No final da sessão, Rui Elói Ferreira, advogado de Isaltino Morais, justificou o ‘esquecimento’ dos ex-responsáveis cabo-verdianos com "uma questão de semântica".

Ainda na audiência de ontem a juíza-presidente adiantou que vai solicitar à DGCI informações sobre a regularização de impostos, que Isaltino Morais entretanto fez em relação às verbas que depositou na Suíça sem declarar ao Fisco.
 
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