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Ilibado de maltratar ex-mulher

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RoterTeufel

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Porto: Vítima diz que durante 34 anos viveu em clima de terror
Ilibado de maltratar ex-mulher

Foi com um ar triunfante que Angelino Santos, acusado de, ao longo de mais de 34 anos, agredir física e psicologicamente a ex-mulher, ouviu a juíza absolvê-lo do crime, ontem, no Tribunal de Gondomar, no Porto.

A juíza-presidente Alexandra Santos considerou que o depoimento da vítima não era credível e que não ficou provado que a professora Maria Cândida "tenha levado murros, bofetadas e tenha sido ameaçada de morte".

A magistrada explicou que, mesmo as agressões constantes dos relatórios clínicos, podem ter resultado apenas de "situações de acidente".

O relato dos filhos, que ao longo do processo testemunharam a favor do pai, teve um papel relevante na tomada da decisão. "Apesar de descreverem a mãe como uma pessoa meiga e carinhosa, ambos concordam que a mãe é uma mulher ciumenta, instável e depressiva", explicou a juíza-presidente.

A juíza pôs ainda em causa o facto de algumas testemunhas, entre as quais a irmã de Maria Cândida, Rosa, afirmarem que assistiram a alguns episódios de maus tratos. "Não é normal que alguém deixe entrar pessoas em sua casa e depois bata na mulher à frente delas", concluiu.

Angelino foi ainda absolvido da indemnização cível, que tinha sido pedida pela ex-companheira.

Com o processo de divórcio ainda em curso, Maria Cândida enfrenta dificuldades financeiras, devido a um milhão de euros de dívidas dos negócios de Angelino.

Apesar de ontem ter saído cabisbaixa do tribunal, a professora acredita que "ainda irá ser feita justiça". A advogada de Defesa Fátima Castro deixou bem claro que vai recorrer da decisão.

Já a presença da Comunicação Social desagradou bastante a família do arguido, tendo sido necessária a intervenção de um polícia.

"Não percebo porque estão aqui. Até parece que o meu irmão fez algo assim tão mau, ele não matou ninguém" afirmou um familiar.

PORMENORES

INSULTOS

Cândida afirmou em tribunal que durante o casamento foi alvo de insultos. A professora disse que o ex-marido a chamava de "atrasada mental e filha da p...".

TRAIÇÃO

A professora contou que, ao longo de 34 anos, o marido manteve relações extraconjugais. A irmã Rosa disse que Cândida chegou a encontrar Angelino com a empregada no quarto.

"SOU GOZADA"

Numa entrevista ao ‘CM’, a vítima afirmou que se sentia gozada e alvo de chacota em tribunal. A docente afirmou ainda que ficou com o coração partido quando os filhos testemunharam a favor do pai.

AR DE DESAFIO

Enquanto a mulher relatava os maus tratos físicos de que foi alvo, Angelino manteve um ar de desafio. A juíza advertiu-o por diversas vezes, questionando-o se "achava piada ao que estava a ser dito".
 
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