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Um cartaz gigante de Madeleine MacCann vandalizado com tinta branca é o cartão de visita para quem chega agora à Praia da Luz. Dois anos depois do desaparecimento da menina britânica, a população quer esquecer o mistério.
por Cecília Malheiro
As pessoas que residem na freguesia da Luz, no concelho de Lagos, preferem manter-se longe da comunicação social e não falar num dos processos mais mediáticos de sempre.
"É uma história sem fim. Talvez nunca se venha a saber o que realmente aconteceu", lamentou uma funcionária do restaurante "Paraíso", local à beira mar que a família MacCann frequentava durante as férias de Maio de 2007.
O turismo está mais fraco naquela praia algarvia desde que a menina de três anos desapareceu sem deixar rasto e esse facto conjugado com a quebra de receitas no Ocean Club, empreendimento hoteleiro onde a pequena Madeleine foi vista pela última vez, levou a administração a executar um despedimento colectivo de 21 pessoas.
Dez empregados de quartos, três recepcionistas, um operário polivalente, uma roupeira, uma costureira, um contabilista, uma escriturária, um empregado de obras, um bagageiro e um pedreiro. "Estes trabalhadores têm trabalho até Maio, depois são mandados embora", disse à Lusa um membro do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria em Portimão.
Segundo João Abreu, existiam 47 empregados no Ocean Club, mas vão ficar 26. Os argumentos utilizados para o despedimento colectivo da Greentrust, empresa que gere o Ocean Club, foram: o caso Madeleine e a falta de clientes no empreendimento, explicou o sindicalista.
A taxa de ocupação hoteleira no concelho de Lagos está com uma descida acima da média do resto do Algarve, mas não é possível "fazer uma relação directa com o caso Madeleine MacCann", disse à Lusa o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas.
"Em 2007 a taxa de ocupação na zona de Lagos era superior à média do Algarve, mas em 2008 teve uma descida em relação à média da região e em 2009 a descida mantém-se idêntica à região", exemplificou o empresário, explicando que a quebra de receitas na hotelaria é generalizada a toda a região devido à crise mundial.
Madeleine McCann desapareceu a 03 de Maio de 2007 do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento do aldeamento turístico "Ocean Club", na Praia da Luz.
Os pais, ambos médicos (o pai é cardiologista, a mãe médica de clínica geral), jantavam nessa altura com um grupo de amigos ingleses num restaurante do aldeamento turístico, a cerca de 50 metros do apartamento.
A 07 de Setembro de 2007, a mãe da criança, Kate, e o pai, Gerry McCann, foram constituídos arguidos.
A Polícia Judiciária inicialmente apontou para a hipótese de rapto, embora mais tarde admitiu o homicídio da criança.
As autoridades, contudo, nunca conseguiram apurar o que realmente aconteceu a Madeleine McCann, que hoje estaria prestes a fazer seis anos de idade.
A 21 de Julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República anunciou oficialmente o encerramento da investigação e o arquivamento das suspeitas contra Gerry e Kate McCann.
Lusa
DN
por Cecília Malheiro
As pessoas que residem na freguesia da Luz, no concelho de Lagos, preferem manter-se longe da comunicação social e não falar num dos processos mais mediáticos de sempre.
"É uma história sem fim. Talvez nunca se venha a saber o que realmente aconteceu", lamentou uma funcionária do restaurante "Paraíso", local à beira mar que a família MacCann frequentava durante as férias de Maio de 2007.
O turismo está mais fraco naquela praia algarvia desde que a menina de três anos desapareceu sem deixar rasto e esse facto conjugado com a quebra de receitas no Ocean Club, empreendimento hoteleiro onde a pequena Madeleine foi vista pela última vez, levou a administração a executar um despedimento colectivo de 21 pessoas.
Dez empregados de quartos, três recepcionistas, um operário polivalente, uma roupeira, uma costureira, um contabilista, uma escriturária, um empregado de obras, um bagageiro e um pedreiro. "Estes trabalhadores têm trabalho até Maio, depois são mandados embora", disse à Lusa um membro do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria em Portimão.
Segundo João Abreu, existiam 47 empregados no Ocean Club, mas vão ficar 26. Os argumentos utilizados para o despedimento colectivo da Greentrust, empresa que gere o Ocean Club, foram: o caso Madeleine e a falta de clientes no empreendimento, explicou o sindicalista.
A taxa de ocupação hoteleira no concelho de Lagos está com uma descida acima da média do resto do Algarve, mas não é possível "fazer uma relação directa com o caso Madeleine MacCann", disse à Lusa o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas.
"Em 2007 a taxa de ocupação na zona de Lagos era superior à média do Algarve, mas em 2008 teve uma descida em relação à média da região e em 2009 a descida mantém-se idêntica à região", exemplificou o empresário, explicando que a quebra de receitas na hotelaria é generalizada a toda a região devido à crise mundial.
Madeleine McCann desapareceu a 03 de Maio de 2007 do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento do aldeamento turístico "Ocean Club", na Praia da Luz.
Os pais, ambos médicos (o pai é cardiologista, a mãe médica de clínica geral), jantavam nessa altura com um grupo de amigos ingleses num restaurante do aldeamento turístico, a cerca de 50 metros do apartamento.
A 07 de Setembro de 2007, a mãe da criança, Kate, e o pai, Gerry McCann, foram constituídos arguidos.
A Polícia Judiciária inicialmente apontou para a hipótese de rapto, embora mais tarde admitiu o homicídio da criança.
As autoridades, contudo, nunca conseguiram apurar o que realmente aconteceu a Madeleine McCann, que hoje estaria prestes a fazer seis anos de idade.
A 21 de Julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República anunciou oficialmente o encerramento da investigação e o arquivamento das suspeitas contra Gerry e Kate McCann.
Lusa
DN