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País está mais seguro para as crianças

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RoterTeufel

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Relatório Europeu
País está mais seguro para as crianças

Portugal subiu 7,5 pontos na tabela europeia de segurança infantil, ainda assim tem uma classificação “razoável” e bastante inferior à média da União Europeia. No Perfil e Relatório de Avaliação da Segurança Infantil 2009 apresentado esta manhã em simultâneo nos 27 Estados-membros, o País surge com 27,5 estrelas (a pontuação atribuída pela Aliança Europeia de Segurança Infantil) uma evolução face às 20 estrelas que ostentava no documento referente a 2007.


A mortalidade infantil na sequência de traumatismos (intencionais ou acidentais) caiu de 31,63 por cada 100 mil habitantes no relatório de 2007 para 14,98 por cada 100 mil habitantes no documento deste ano. A média da UE é de 14,18 mortes infantis por cada 100 mil habitantes.

“Houve uma boa evolução, mas há ainda muito a melhorar”, declarou ao Correio da Manhã Sandra Nascimento, presidente da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), apontando três áreas prioritárias de acção – afogamentos, quedas de edifícios e atropelamentos – que serão os principais focos do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes hoje apresentado pela ministra da Saúde Ana Jorge.

Para a APSI, uma das entidades envolvidas na elaboração do documento, é urgente que Portugal tenha regulamentação sobre a vedação de piscinas, mesmo das particulares, como “meio mais eficaz” para reduzir os afogamentos de crianças. Sandra Nascimento refere que esta é a medida mais urgente para pôr fim que em 2008 tirou a vida a, pelo menos, 12 crianças em Portugal. Mas a redução do número de afogamentos infantis também passa por uma mais forte educação das famílias por parte dos profissionais de saúde. “Há campanhas sobre o tema, mas é essencial que haja mais visitas domiciliárias dos profissionais de saúde para sensibilizar e introduzir rotinas na vida das famílias com recém-nascidos para evitar este tipo de acidentes”, sustentou a responsável.

Os regulamentos de construção de edifícios também têm de ser alteradas de modo a que haja um risco reduzido de queda de crianças de janelas ou varandas. “É necessário que seja obrigatória a existência de protecções, difíceis de escalar ou de transpor, para evitar que as crianças caiam”, adiantou Sandra Nascimento.

“Outra área em que Portugal necessita melhorar significativamente é na das crianças enquanto peões. A redução do limite de velocidade de 50 para 30 quilómetros em áreas residenciais ou de escolas faz diminuir em 20 vezes a morte por atropelamento”, sublinhou a presidente da APSI. Em Portugal, em média, são atropeladas por ano 1700 crianças com menos de 14 anos, 23 das quais acabam por morrer.

O relatório demonstra que Portugal registou uma melhoria significativa na área da criança enquanto passageiro, nomeadamente através da obrigatoriedade da utilização de cadeiras apropriadas até aos 12 anos. Ainda assim, a APSI nas acções de sensibilização que realiza encontra muitas falhas na utilização de cadeirinhas. “Em metade dos casos as cadeirinhas não são bem utilizadas, além de erros de instalação que reduzem a eficácias destas cadeirinhas”, afirma Sandra Nascimento, apontando como exemplo o facto de alguma pessoas não utilizarem os cintos das cadeirinhas, o que em caso de acidente torna as mesmas inúteis, ou quem deixe os cintos tão largos que as crianças se conseguem esgueirar.

A APSI recomenda que entre o ombro da criança e o cinto da cadeirinha fique apenas um dedo de folga e que as crianças viagem viradas para trás até, pelo menos, aos 18 meses.
 
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