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2,5 milhões para caçadores

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RoterTeufel

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Pazes feitas entre governo e associações
2,5 milhões para caçadores

O Ministério da Agricultura vai transferir para as associações de caçadores cerca de 2,5 milhões de euros, correspondentes a 30% das receitas obtidas pelo Estado na emissão das cartas de caçador. O anúncio foi feito ontem pelo ministro Jaime Silva, durante o XVII encontro nacional de caçadores, que decorreu em Santarém no âmbito da 21ª edição da “Expocaça”, a maior feira ibérica dedicada ao sector.



“Desde que a emissão das licenças se tornou possível através do Multibanco, aumentámos de três para oito milhões de euros as receitas anuais do Estado”, explicou Jaime Silva, para quem “importa agora agilizar os mecanismos de atribuição destas verbas às associações, que são quem melhor as vai aplicar”. “No início, deparámos com muitas resistências na máquina burocrática do Ministério da Agricultura. Tínhamos engenheiros cuja única função era a emissão destes títulos e isso não podia continuar”, referiu o ministro.

Este apoio do Estado estava já previsto no convénio assinado entre o Ministério da Agricultura e as três maiores associações de caçadores, em Outubro de 2007. “É uma óptima notícia, porque estávamos a perder a paciência com a falta de avanços na concretização do acordo que foi estabelecido”, disse ao CM Jacinto Amaro, presidente da Fencaça. O responsável fez assim as pazes com o Ministério da Agricultura, depois de ter tecido duras críticas à “inércia” de alguns serviços, caso da Autoridade Nacional Florestal, na concretização do convénio.

Segundo Jacinto Amaro, parte deste dinheiro vai ser aplicado em acções de formação para os caçadores. “As taxas de reprovação nos exames para obtenção da licença de caça andam entre os 50 e os 60%, e nós só conseguimos diminui-las se os candidatos forem melhor preparados e com mais conhecimentos”, explicou Jacinto Amaro. As elevadas percentagens de chumbos tem sido uma das principais causas da diminuição do número de caçadores em Portugal, explicou.

FENCAÇA MAIS SATISFEITA COM LEI DAS ARMAS

“A lei das armas que foi publicada não nos satisfaz, mas é menos má que a versão anterior”, disse Jacinto Amaro, explicando que “as reivindicações dos caçadores conseguiram ainda inverter algumas situações bastante penalizadoras no debate da lei na especialidade”. O presidente da Fencaça referiu-se em concreto a questões relacionadas com o transporte de armas e com o álcool no acesso à licença de uso e porte de arma.

CAÇA VALE MAIS QUE O FUTEBOL

“Sem que muitos portugueses o saibam, a caça vale actualmente cerca de 340 milhões de euros, o que é mais do que a I Liga de Futebol”, disse o ministro da Agricultura, sublinhando a importância de “criar mais riqueza em vários segmentos do sector, como o turismo cinegético”. Jaime Silva quer incluir projectos de investimento no âmbito do PRODER, “que já dispõe de 1.200 milhões de euros para apoios”.
 
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