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RoterTeufel
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Espionagem: Fingia ser mulher na internet e ao telemóvel
Professora disse estar grávida de comissário
Chegou a dizer à mulher do comissário que era amante deste e que estava grávida. Mais tarde, para infernizar a vida da família do polícia, enviou documentos anónimos aos superiores hierárquicos do oficial e às Finanças a denunciar casos de tráfico e de fuga aos impostos. As perseguições duraram quatro anos e foram arquitectadas pelo professor universitário de Évora que se fazia passar por mulher na internet e ao telefone, para seduzir homens.
Os contactos virtuais de Mário M., 38 anos, com o comissário tiveram início no Verão de 2001. O oficial da PSP foi a primeira das três vítimas do professor identificadas até meados de 2008. O docente, que se fazia passar por ‘Ana Sofia de Magalhães’ e que contratava detectives para perseguir as vítimas depois de terminarem as relações, aproveitou a ruptura do casamento do comissário para o seduzir. Apesar de nunca se terem conhecido pessoalmente, a ‘amizade’ durou até Janeiro de 2002, altura em que o oficial restabeleceu a vida familiar com a mulher. A partir daí o dia-a-dia da família foi devassado. Em 2003, Mário enviou para casa do casal encomendas e coroas de flores à cobrança, viaturas dos bombeiros, INEM e carros funerários. O casal temeu pela segurança e apresentou queixa.
O pior veio depois. Até 2006, várias foram as cartas difamatórias enviadas à PSP e Finanças. Uma chegou mesmo ao Ministério da Administração Interna.
SECRETÁRIO DE ESTADO RECEBEU DENÚNCIAS
Rejeitado, Mário M. decidiu avançar para a difamação com o intuito de arruinar a carreira do casal. Em cartas, algumas assinadas com o nome fictício de ‘Leonor Sobreiro’, denunciou ao então secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães, à PSP e às Finanças a ligação – falsa – das vítimas ao tráfico de droga e ao contrabando. Escrevia ainda que fugiam aos impostos e que o comissário utilizava viaturas, material de escritório e telefones da PSP para fins pessoais. As denúncias valeram ao oficial processos disciplinares e ao casal processos de averiguações da Inspecção Tributária, que acabaram arquivados.
FAMÍLIA DO PROFESSOR EM SILÊNCIO
Os familiares do professor, contactados ontem pelo nosso jornal, preferiram não prestar 'para já' esclarecimentos sobre os factos de que o principal arguido do caso de espionagem é acusado. Ao telefone, a irmã do docente disse apenas que 'não haverá declarações' por parte do seu irmão e que este se encontra 'bastante afectado' com as notícias vindas a público.
Em Évora, cidade onde Mário M. reside, o caso surpreendeu os populares. 'Não é muito de fazer amizades. É uma pessoa de poucas falas, bastante recatada, bem vestida e bom profissional', referiu um conhecido, que preferiu o anonimato.
PORMENORES
APANHADO
Investigadores da PSP de Lisboa identificaram Mário em Junho de 2008.
ACUSADOS
São ainda arguidos três detectives, dois agentes da PSP, dois inspectores da PJ e dois técnicos de telecomunicações.
PROFESSOR
Mário M. é professor na Universidade de Évora e Escola Superior de Educação de Lisboa.
IRMÃ
As investigações levaram ainda as autoridades a constituir como arguida a irmã do docente.
Professora disse estar grávida de comissário
Chegou a dizer à mulher do comissário que era amante deste e que estava grávida. Mais tarde, para infernizar a vida da família do polícia, enviou documentos anónimos aos superiores hierárquicos do oficial e às Finanças a denunciar casos de tráfico e de fuga aos impostos. As perseguições duraram quatro anos e foram arquitectadas pelo professor universitário de Évora que se fazia passar por mulher na internet e ao telefone, para seduzir homens.
Os contactos virtuais de Mário M., 38 anos, com o comissário tiveram início no Verão de 2001. O oficial da PSP foi a primeira das três vítimas do professor identificadas até meados de 2008. O docente, que se fazia passar por ‘Ana Sofia de Magalhães’ e que contratava detectives para perseguir as vítimas depois de terminarem as relações, aproveitou a ruptura do casamento do comissário para o seduzir. Apesar de nunca se terem conhecido pessoalmente, a ‘amizade’ durou até Janeiro de 2002, altura em que o oficial restabeleceu a vida familiar com a mulher. A partir daí o dia-a-dia da família foi devassado. Em 2003, Mário enviou para casa do casal encomendas e coroas de flores à cobrança, viaturas dos bombeiros, INEM e carros funerários. O casal temeu pela segurança e apresentou queixa.
O pior veio depois. Até 2006, várias foram as cartas difamatórias enviadas à PSP e Finanças. Uma chegou mesmo ao Ministério da Administração Interna.
SECRETÁRIO DE ESTADO RECEBEU DENÚNCIAS
Rejeitado, Mário M. decidiu avançar para a difamação com o intuito de arruinar a carreira do casal. Em cartas, algumas assinadas com o nome fictício de ‘Leonor Sobreiro’, denunciou ao então secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães, à PSP e às Finanças a ligação – falsa – das vítimas ao tráfico de droga e ao contrabando. Escrevia ainda que fugiam aos impostos e que o comissário utilizava viaturas, material de escritório e telefones da PSP para fins pessoais. As denúncias valeram ao oficial processos disciplinares e ao casal processos de averiguações da Inspecção Tributária, que acabaram arquivados.
FAMÍLIA DO PROFESSOR EM SILÊNCIO
Os familiares do professor, contactados ontem pelo nosso jornal, preferiram não prestar 'para já' esclarecimentos sobre os factos de que o principal arguido do caso de espionagem é acusado. Ao telefone, a irmã do docente disse apenas que 'não haverá declarações' por parte do seu irmão e que este se encontra 'bastante afectado' com as notícias vindas a público.
Em Évora, cidade onde Mário M. reside, o caso surpreendeu os populares. 'Não é muito de fazer amizades. É uma pessoa de poucas falas, bastante recatada, bem vestida e bom profissional', referiu um conhecido, que preferiu o anonimato.
PORMENORES
APANHADO
Investigadores da PSP de Lisboa identificaram Mário em Junho de 2008.
ACUSADOS
São ainda arguidos três detectives, dois agentes da PSP, dois inspectores da PJ e dois técnicos de telecomunicações.
PROFESSOR
Mário M. é professor na Universidade de Évora e Escola Superior de Educação de Lisboa.
IRMÃ
As investigações levaram ainda as autoridades a constituir como arguida a irmã do docente.