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Assassina mulher e suicida-se a tiro

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RoterTeufel

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Silves: Crime brutal em casa da filha da vítima e à frente da neta de três anos
Assassina mulher e suicida-se a tiro

Dezanove anos de vida a dois acabaram ontem de forma trágica. Luís Francisco Saraiva, de 47 anos, puxou da sua caçadeira e assassinou com dois tiros a companheira, Deolinda Rodrigues, 36 anos, à frente da filha e da neta desta. Depois encostou a arma ao queixo e pôs fim à vida.



O crime ocorreu pelas 14h30 em casa da filha de Deolinda, no número 89 da rua da Pedra, junto à estação de comboios de Silves. Na origem do homicídio terão estado discussões entre o casal. A filha Verónica, 19 anos, encontrava-se dentro de casa com a sua filha, de três anos. O marido, pai da menina, está preso.

Verónica precisava de ir com a filha ao hospital porque esta tinha enfiado uma bola de esferovite no nariz. Luís e Deolinda acompanharam-nas, de manhã, na ida ao Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, Portimão. À chegada a Silves estavam "calmos e a falar", disse ao CM uma testemunha.

Já em casa, Verónica estava na casa de banho quando o companheiro da mãe puxou da arma. Luís terá ido buscar a caçadeira ao carro, um Opel Corsa estacionado junto à porta, e disparado duas vezes sobre a mulher no início das escadas de entrada da habitação arrendada há pouco tempo.

"A Verónica ouviu a mãe gritar e foi até às escadas. Ele olhou para ela de arma na mão e ela fugiu para dentro", conta uma testemunha. Luís não a seguiu. Ali mesmo, suicidou-se com um tiro de caçadeira no queixo.

Rui João, vizinho, foi o primeiro a entrar. "A mulher estava junto à porta, com ferimentos na cabeça e no ombro esquerdo. Ele estava uns degraus acima, com a cara desfeita e a arma junto a si. Era uma caçadeira de canos serrados", disse ao CM. Rui subiu os degraus no sentido dos gritos de Verónica, que estava na varanda. Outro vizinho encostou uma escada à varanda e Rui ajudou Verónica e a filha a saírem por essa via, "para não verem os corpos". O caso está entregue à PJ.

CASAL ESTAVA ZANGADO HÁ DUAS SEMANAS

As razões que levaram Luís a matar a companheira a tiro e a pôr fim à própria vida permanecem no segredo dos familiares. "Estavam separados há cerca de duas semanas", disse apenas um cunhado do homicida, mas quanto ao motivo da zanga ninguém quis responder.

Uma irmã de Luís chegou a comentar que "ele queria fazer as pazes com ela". Do lado da família de Deolinda ninguém quis falar, por estarem demasiado emocionados. Luís era cliente habitual do café da rua, a cerca de 30 metros do local onde ocorreu o crime. Ainda ontem de manhã lá tinha estado. "Era educado e pagava sempre. Nunca lhe ouvimos qualquer ameaça", disse ao CM o funcionário de balcão. Familiares e amigos questionados pelo CM disseram não ter detectado em Luís sinais que apontassem para este desfecho.

FAMILIARES DE UM E DE OUTRO SEPARADOS

Familiares de Luís e de Deolinda foram ontem chegando ao local do crime ao longo da tarde, mas mantiveram-se à distância, sobretudo as irmãs dele não se aproximaram dos parentes mais próximos dela. Desmaios e gritos de dor aconteceram a espaços, de parte a parte, mas sempre em zonas separadas.

Luís e Deolinda tinham um filho em comum, Luís, de 15 anos, que esteve sempre muito amparado por uma tia, irmã da mulher assassinada. Verónica, 19 anos, era filha de Deolinda e enteada de Luís. Acabou por ser levada do local, por estar demasiado emocionada depois de ter presenciado ao crime.

PORMENORES

ZONA DE ENXERIM

O casal vivia na zona do Enxerim, próximo do Tribunal de Silves. Mas ele tinha saído de casa há cerca de duas semanas, sendo muitas vezes visto na zona da casa da enteada.

VIDA DESAFOGADA

O casal teria uma vida desafogada. Luís tinha carro e Deolinda também, uma carrinha Audi.

TRÊS CARTUCHOS

PJ recolheu três cartuchos. As marcações, sinais nos locais onde estavam os invólucros, foram feitas junto à entrada.
 
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