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Ex-deputado suspeito de desviar 38 mil €

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RoterTeufel

Visitante
Esquema: Militantes do cds e do PS terão burlado Câmara de Lisboa
Ex-deputado suspeito de desviar 38 mil €

Pela justificação dada à Polícia Judiciária, praticamente saiu a sorte grande a Jorge Lopes. Desempregado, com a 4ª classe, no Verão de 2006 um administrador--executivo da Gebalis lembrou-se de lhe pagar 38 mil euros. E para tal, o socialista Mário Peças só queria que ele trabalhasse uns tempos – fiscal "secreto" de muros, pinturas de exteriores ou colocação de tampas de esgoto. Tudo no máximo de dez obras, as únicas que a empresa municipal geriu em bairros sociais de Lisboa até Fevereiro de 2007.

"Uma fábula" para o pobre Jorge Lopes, concluiu a PJ no relatório final a que o CM teve acesso – não tivessem os 38 mil euros ido parar directamente à conta de Ismael Pimentel, amigo pessoal do administrador da Gebalis e ex-deputado do CDS. Foi ele quem supostamente apresentou Jorge Lopes a Mário Peças, conforme consta na investigação por falsificação de documento, burla, corrupção e gestão danosa.

A actual administração da Gebalis descobriu em Junho passado que pagou 38 mil euros a um funcionário-fantasma – no dia em que Jorge Lopes ligou para a empresa a dizer que não pagava impostos por trabalhos que nunca fez. E a contabilidade da Gebalis, que descobriu provas dos dois cheques de 19,6 mil euros e 18,8 mil euros, chamou a Judiciária.

Mário Peças, entretanto constituído arguido, diz que precisava na altura de um fiscal de obras "secreto", à revelia da Gebalis. Por isso pediu ajuda ao amigo Ismael, que até gostava de ser ele a fazer o trabalho mas, por causa da política, teve medo de que o acusassem de "clientelismo". Recomendou então Jorge, pessoa a quem já dera pequenos trabalhos e de quem tinha pena por ter dificuldades na vida.

O pior é que Jorge Lopes nunca terá visto um tostão – segundo a PJ este foi um esquema "de Mário Peças e Ismael Pimentel para retirarem mais de 38 mil euros ao erário público". Mas, "com a ganância", descuidaram-se com Jorge Lopes, que deu origem à investigação e meteu os pés pelas mãos na PJ: nem sabe explicar quantas obras o mandaram fiscalizar, nem diz onde, ou que obras eram. Não estranhou 38 mil euros por tão pouco e diz que Pimentel lhe ficou com o dinheiro todo para saldar uma dívida.

EMPRÉSTIMO SEM PROVAS

Ismael Pimentel justificou ter os 38 mil euros na sua conta, que seriam do trabalho ‘secreto’ de Jorge Lopes para o amigo Mário Peças, da Gebalis, com o facto de este lhe dever dinheiro. Mas o ex-deputado não sabe quanto, nem tem provas das dívidas: nada está escrito, não há qualquer registo. Simplesmente emprestou dezenas de milhares de euros a um homem, que conheceu quanto este deu apoio numa campanha do CDS-PP, "acompanhando a viatura de propaganda sonora". Auxilia-o, mandando-o fazer recados às finanças, aos bancos ou tarefas agrícolas. Chamado à PJ, Jorge confirma tudo e diz que nem sequer estranhou, de repente, ser pago a 38 mil euros por um trabalho para o qual não tem qualificação. Mais: não soube levar os inspectores da PJ a qualquer obra que supostamente tenha fiscalizado. E não explica porquê. O CM tentou ontem falar com Mário Peças, Ismael Pimentel e Jorge Lopes, mas até à hora de fecho desta edição não foi possível.

PORMENORES

SOCIALISTA

Mário Peças tem 67 anos. Ligado ao PS, foi nomeado administrador da Gebalis em 1995 e reconduzido em 2003. Em 2004, acabou por ser nomeado administrador-executivo da empresa.

DEMOCRATA-CRISTÃO

Ismael Pimentel, 48 anos, foi líder concelhio da Amadora do CDS e deputado no Parlamento.
 

jchaves

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e assim vai a nossa política

cenas dos proximos capítulos numa empresa estatal perto de si i
deve existir por ai aos montes é só encontrar o fio ou algum descontente dar com a lingua nos dentes
 
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