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25 mil jovens estudam efeitos de drogas em crustáceo transparente

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25 mil jovens estudam efeitos de drogas em crustáceo transparente



O projecto Daphnia, que levou 25 mil estudantes portugueses a analisarem o efeito de drogas num microcrustáceo de 50 milímetros, será avaliado na segunda-feira por 400 pessoas no Visionarium - Centro de Ciência do Europarque, em Santa Maria da Feira.

A iniciativa tem por base a espécie Daphnia Magna Straus, um microcrustáceo marinho cujo corpo transparente permite a observação dos seus órgãos internos e, assim, o estudo das respectivas reacções à nicotina, à cafeína e ao álcool.

O Visonarium começou por testar essas drogas nas daphnias do seu próprio laboratório, vocacionado para actividades experimentais dirigidas ao público jovem, mas o projecto teve tanto êxito que a instituição acabou por desenvolver 650 kits especiais que 225 escolas do país têm utilizado desde Outubro. Também conhecida como pulga-de-água, a daphnia tornou-se assim objecto de estudo por parte de 25 mil alunos e 340 professores.

Patrícia Silva, que coordena o projecto desenvolvido pelo Visionarium em parceria com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR), explica que “o objectivo era testar o efeito de drogas estimulantes e depressoras no ritmo cardíaco da daphnia, que tem comportamentos idênticos ao do género humano”.

Surpreendente efeito do álcool


Jovens dos 10 aos 18 anos puderam assim comprovar que a nicotina e a cafeína funcionam como substâncias estimulantes, mas viram as suas expectativas frustradas quanto aos efeitos do álcool. “Foi curioso notar que quase cem por cento dos estudantes envolvidos no projecto previa que o álcool iria aumentar o número de batimentos cardíacos”, conta Patrícia Silva. “Ao fazerem os testes, ficaram surpreendidos ao verificar que, afinal, o álcool é uma droga depressora, tanto do sistema cardiovascular como do sistema nervoso”.

Ao proporcionar a percepção dessa realidade, o Projecto Daphnia cumpre os seus dois objectivos: “Fomenta nos jovens a adopção de um estilo de vida saudável, prevenindo o consumo de substâncias psico-activas” e “divulga a cultura científica junto da comunidade escolar, promovendo o ensino experimental nas áreas da Saúde”.

Patrícia Silva afirma que o programa é ainda particularmente adequado ao desenvolvimento de estudos na área do Ambiente, porque, “sobretudo ao nível da ecotoxicologia, quando em causa está a qualidade da água, o primeiro teste que se faz é sempre com a daphnia”.

Diversas escolas que aderiram à iniciativa submeterem à avaliação do Visionarium os projectos de investigação que desenvolveram com recurso a esse microcrustáceo. Os melhores trabalhos nas áreas da Saúde, do Ambiente e das Ciências Experimentais serão apresentados segunda-feira no Visionarium, num encontro onde se esperam 400 pessoas.

O programa do evento inclui comunicações, exposições e oficinas experimentais e está aberto ao público em geral.


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