• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Matosinhos: Tentaram agredir os polícias quando foram detidos

R

RoterTeufel

Visitante
Matosinhos: Tentaram agredir os polícias quando foram detidos
Comando de elite assalta com faca

Uma noite de terror. Seis pessoas, naturais de Santa Maria da Feira e Espinho, foram assaltadas e duas delas esfaqueadas numa zaragata, anteontem, cerca das 02h00, junto à Estação de Metro da Senhora da Hora, em Matosinhos. Um dos assaltantes detidos pela PSP pertence à unidade Centro de Tropas do Comando de Belas, em Sintra.

As vítimas foram ver o concerto dos UHF, quando foram abordadas pelos assaltantes. Manuel Oliveira, Manuel Augusto e Joaquim ‘Carbulha’, todos na casa dos 40 anos, são naturais de São Paio de Oleiros, Santa Maria da Feira. Acompanhavam-nos Francisco Alves, de 29 anos, de Espinho, Inácio Costa e uma rapariga que namora com um deles. Esperavam pela chegada do metro quando um desconhecido os abordou, pedindo-lhes um cigarro.

O que aconteceu a seguir as vítimas não sabem explicar muito bem. "Ele interpretou mal o que o ‘Carbulha’ lhe disse e avisou-nos que íamos ver como eram as coisas", contou Manuel Oliveira, garantindo que, cinco minutos depois, paralelos e pedras começaram a cair em cima do grupo. O pânico invadiu-os e tentaram fugir. "Senti uma mão a agarrar-me e a encostar-me uma faca de mato ao pescoço. Quem me estava a agarrar gritou-me para mandar parar os meus amigos", conta Manuel Oliveira, apontando para o corte que tem no pescoço.

Mesmo assim, Manuel Oliveira e Francisco Alves conseguiram encontrar uma viatura da PSP: "Foi a nossa sorte. Se eles não estivessem ali, àquela hora, nem sei o que teria acontecido..."

Quando a PSP encontrou os assaltantes, já ‘Carbulha’ estava no chão, com a coxa ensanguenta. A namorada estava a ser assaltada. Os agressores dispersaram, atirando a arma do crime para dentro do quintal de uma casa. A polícia conseguiu apanhá-los, não sem os ladrões tentarem ainda agredi-los. Hoje vão ser ouvidos pelo juiz em primeiro interrogatório.

"CHOREI COMO JÁ NÃO CHORAVA HÁ MUITO"

Horas depois dos incidentes, os homens não conseguiram ainda recuperar do choque. Francisco Alves, por exemplo, lembrava-se de ter pensado que o amigo morrera. "Naquele momento, nós pensámos que o ‘Carbulha’ tinha morrido e foi uma aflição muito grande. Gostamos muito de nos divertir, saímos no Porto, em Aveiro, em vários sítios e nunca arranjámos problemas. Somos pessoas trabalhadoras que ao fim-de-semana querem sair", garante. O amigo, por seu turno, confessa ter sentido medo. "Naquela noite chorei, como já não chorava há muito", revelou Manuel Augusto, enquanto Manuel Oliveira dizia que só queria ver o grupo atrás das grades. "Não vamos ficar com medo. Vamos voltar a sair e agir como sempre fizemos. Passar a noite sem causar nenhum problema", concluiu.

MORADORES NÃO SE APERCEBERAM DOS DESACATOS

Ontem, na rua da Barranha, na Senhora da Hora, em Matosinhos, ninguém se deu conta dos desacatos durante a noite. A rua, paralela à via rápida, é quase sempre deserta e tem poucas residências.

Os poucos moradores dizem que a rua é calma e que nunca se tinha registado qualquer incidente até ao dia de ontem.

A família que habita na casa onde os assaltante esconderam a faca com que feriram uma das vítimas também não se apercebeu de nada. Os moradores não deram conta sequer quando a PSP entrou no quintal da habitação para recuperar a arma branca.

PORMENORES

ASSALTANTES

Os agressores têm 21 e 24 anos, são solteiros e ambos têm residência fixa em Matosinhos (um em Guifões e outro na Senhora da Hora).

ARMA RECUPERADA

A faca de mato que os assaltantes usaram para agredir as vítimas foi recuperada pela PSP.

COMANDO AVISADO

A PSP avisou a Unidade do Centro de Tropas do Comando de Belas que um dos seus membros iria ser presente hoje a tribunal.
 
Topo