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Crédito: ajuda do Governo pode ser «presente envenenado»

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Set 10, 2007
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Banco de Portugal lança alerta

Medida criada para desempregados pode levar a adiar encargos de uma altura má para outra ainda pior
A possibilidade criada pelo Governo para os desempregados, de pagarem apenas metade da prestação do respectivo crédito à habitação durante dois anos, para pagarem os outros 50% mais tarde, pode ser um «presente envenenado».

Quem o diz é o Banco de Portugal, no Relatório de Estabilidade Financeira. A instituição prevê um aumento de desemprego, dado o actual contexto económico, o que «não deixará de se reflectir na evolução da situação financeira de um número significativo de detentores de dívida bancária».

E, acrescenta, para já, «não se conseguem avaliar a eficácia e o alcance temporal das medidas de apoio social às famílias que têm sido anunciadas pelo governo, dada a incerteza acerca da viabilidade da sua manutenção por um período prolongado e dada a possível extensão temporal da actual crise económica, dos seus efeitos sobre o emprego e sobre o rendimento das famílias».

«Na medida em que essas medidas tenham subjacente um diferimento dos encargos financeiros com a dívida actual, para um horizonte futuro, as mesmas poderão implicar para esse horizonte uma sobrecarga de esforço financeiro das famílias que agora beneficiem das mesmas».

Até aqui nada de novo, mas o Banco de Portugal alerta que «se nesse horizonte temporal estiver já a ocorrer alguma recuperação da área do euro, com a decorrente normalização das condições monetárias e financeiras (ou seja, com uma subida das taxas de juro) e a economia portuguesa evidenciar uma assincronia cíclica com a área do euro», as coisas podem tornar-se duplamente complicadas para os portugueses que beneficiam agora da possibilidade oferecida pelo Governo.

Para piorar ainda mais a situação, num cenário em que se mantenha uma situação de taxa de inflação muito reduzida, nula, ou mesmo negativa, os agentes endividados não poderão beneficiar da erosão nominal da dívida respectiva, sendo igualmente incertas as perspectivas de melhoria ao nível do mercado de trabalho.

Agência Financeira
 
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