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Criminologia: IV congresso decorre na cidade do Porto

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RoterTeufel

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Criminologia: IV congresso decorre na cidade do Porto
Aumentam pedidos de exame

No ano passado registou-se um aumentou de pedidos de exames ao Laboratório da Polícia Científica (LPC): mais de 24 mil solicitações, quando em 2007 tinham sido pedidas 21 mil análises.

Os números deixam uma certeza: a investigação socorre-se cada vez mais dos vestígios recolhidos no local do crime ou dos exames realizados a notas, moedas ou documentos.

Os dados foram ontem revelados por Carlos Farinha, director do LPC, durante o IV Congresso Nacional de Criminologia, que decorre no Porto. O coordenador superior de Investigação Criminal da PJ de Lisboa é um dos responsáveis pelo Manual de Procedimentos que visa a implementação e normalização de práticas e procedimentos de polícia técnica e científica que é hoje lançado, em Lisboa.

'Trata-se de uniformizar todo o processo dos técnicos. O que vai permitir também auditar a recolha, catalogação e encaminhamento dos vestígios encontrados', disse Carlos Farinha ao CM, à margem do congresso.

O responsável do LPC adiantou ainda que 35% dos exames realizados têm a ver com a falsificação de dinheiro. 'Há muita falsificação de moeda metálica comparativamente com aquilo que é sabido de uma maneira geral', disse Carlos Farinha, embora sem revelar dados concretos.

O carjacking foi outro assunto abordado durante o congresso. O tenente Silva Lopes, comandante do departamento de Trânsito da GNR do Porto, alertou para uma mudança de alvos por parte dos carjackers. 'Tem-se notado que já não roubam só carros de gama alta. O carjacking também se dirige às viaturas ditas normais, sobretudo porque que quem pratica este crime precisa de carros que dêem menos nas vistas para os usar nos assaltos', disse Silva Lopes.

O congresso termina hoje com a intervenção de Pinto da Costa, ex-director do Instituto de Medicina Legal do Porto.

"O LABORATÓRIO DEVE DAR RESPOSTAS EM TEMPO ÚTIL": Carlos Farinha, Director do Laboratório de Polícia Científica

Correio da Manhã – Qual é a importância do manual de procedimentos que hoje será apresentado?

Carlos Farinha – O manual serve para organizar recursos de intervenção. Vai permitir auditar a recolha, a catalogação e o encaminhamento dos meios de prova. Essencialmente irá optimizar as diferentes fases do processo.

– Acredita que o Laboratório de Polícia Científica poderá apresentar melhores resultados?

– A resposta do LPC tem margem de optimização. O Laboratório tem de fazer bem, mas também tem de o fazer em tempo útil. Tem de se organizar e a resposta tem de ser qualitativa, mas também quantitativa.

– O atraso de alguns resultados também pode comprometer uma investigação...

– Por isso é que defendo que os resultados devem ser quantitativos.

– Se houvesse um manual de procedimentos no caso Maddie a investigação seria diferente?

– A investigação não começa ou acaba no caso Maddie. Há outros milhares de processos.

– O LPC agora tem mais meios?

– O Laboratório foi dotado de viaturas em 2008 e foi feita uma formação suplementar. Este manual de procedimentos irá ainda optimizar mais os resultados.

PORMENORES

EXPLORAÇÃO SEXUAL

Mário Neves, inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, disse ontem, caracterizando as rotas de exploração sexual, que em Portugal as 'romenas e russas trabalham na rua. Como não falam português, toca-lhes o trolha, infelizmente.'

PERFIL DO PREDADOR

59,5% dos violadores portugueses são predadores móveis que procuram as vítimas na rua, fazendo a selecção usando o seu carro. O perfil foi traçado por Maria Rebocho, psicóloga e investigadora, citando um trabalho que desenvolveu relativamente a dados de 2007.

VIOLADORES RACIONAIS

Segundo a investigadora Maria Rebocho, os ofensores sexuais 'são decisores e agem de uma forma racional, no sentido em que pensam e ponderam o acto, embora por vezes a racionalidade seja limitada momentaneamente por factores externos como a embriaguez, por exemplo'.
 
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