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Rede de carjacking fica em liberdade

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RoterTeufel

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Famalicão: Acusação do Ministério Público cai em tribunal
Rede de carjacking fica em liberdade

A acusação apontava a seis milhões de euros num total de 435 carros receptados, depois de a maioria ter sido roubada por carjacking, e implicava o grupo por associação criminosa e 84 crimes de falsificação. Só que ontem, na leitura da sentença em Famalicão do maior caso deste género em Portugal, quase toda a tese do Ministério Público caiu por terra. O empresário tido como líder da rede foi condenado a cinco anos de prisão efectiva, mas os dez cúmplices saíram com penas suspensas.



A sociedade consistia essencialmente na receptação de carros roubados com violência; no seu completo ou parcial desmantelamento e ainda na falsificação para composição de outros veículos. Estavam em discussão 435 automóveis das gamas média e alta.

António Silva, 65 anos, tinha estado dois anos em prisão preventiva por ser considerado o cabecilha da rede, mas foi libertado dias antes da sentença. O colectivo condenou-o agora a pena efectiva, mas o Tribunal da Relação também pode suspender a pena em sede de recurso.

Ficaram então por provar diversos casos. Diz agora o tribunal que praticaram o crime de receptação continuada. Foram absolvidos da associação criminosa e ainda de 84 crimes de falsificação, ao não terem sido cumpridas regras de verificação da contrafacção dos veículos. O tribunal recusou ainda a tese do Ministério Público que acusava o grupo de 422 crimes de receptação.

Outra das fragilidades da Acusação terá sido o não sustentar que o grupo fazia da actividade modo de vida. Actuavam há dez anos a partir da sucateira Auto Nogueira e Filha, Lda, em Vila das Aves, Santo Tirso. Segundo o MP, tinham armazéns e stands em toda a zona Norte: cinco em Vila das Aves, um em Gemunde (Maia) e outro na Trofa.

GANG DA LAPA FORNECEDOR

Os carros receptados pelo grupo eram na sua maioria roubados pelo gang da Lapa, também a ser julgado noutro processo – nomeadamente por assalto à casa de Derlei, então jogador do FC Porto, a quem roubaram um jipe da garagem. O grupo, que responde no Tribunal de São João Novo, Porto, está acusado de ter roubado mais de 200 veículos em dois anos. Entravam nas residências enquanto os moradores dormiam, levavam objectos de valor como plasmas e playstations e depois roubavam a chave do carro no qual fugiam. As viaturas eram depois receptadas por armazéns do Norte do País, onde acabavam por ser desmantelados.

PORMENORES

ALTERAR NÚMEROS

Os envolvidos – comerciantes, empregados de escritório, sucateiros, chapeiros e secretárias, com idades entre os 31 e os 65 – eram acusados de alterar os números dos motores dos veículos para depois os venderem.

DE NORTE A SUL

Os carros foram roubados em localidades como Faro, Guarda, Sever do Vouga, Figueira da Foz, Mira, Aveiro, Estarreja, Ovar, Espinho, Gaia, Porto, Matosinhos, Gondomar e Paredes. Posteriormente eram desmantelados.
 
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