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Fica sete horas encarcerado

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RoterTeufel

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IC2: Camionista despista-se e fica pendurado para estrada nacional
Fica sete horas encarcerado

"Só quero que o meu filho saia vivo e inteiro daquele camião. Meu Deus, ajuda o meu menino.” O desespero de Maria Rodrigues, ao ver o filho de 32 anos preso dentro do pesado, pedia o fim do calvário do homem que, vítima de um brutal acidente, ficou encarcerado mais de sete horas – entre as 17h30 de anteontem e a 01h00 de ontem – na cabina do camião.


Nuno Silveira Rodrigues seguia no IC2 entre Moscavide e Sacavém quando se despistou, passou as barreiras de protecção, caiu de uma altura de cerca de seis metros e ficou pendurado na rua Cidade de Goa, na EN 6-1.

As horas que se seguiram foram um pesadelo para o condutor residente em Santa Iria da Azóia. O homem ficou preso da cintura para baixo, entalado entre o volante e uma das portas do pesado, uma vez que a cabina do camião ficou debaixo da carga, o que dificultou as operações de salvamento.

“Não fico descansada enquanto não souber que ele está bem”, lamentava Maria Rodrigues, sem conter as lágrimas. Segundo fonte do INEM, o camionista esteve sempre consciente e disse o nome e a idade, mas com o passar das horas e com as dores a ficarem mais fortes e insuportáveis, teve de receber soro e ser sedado. Pai de um bebé de poucos meses, Nuno Rodrigues telefonou para a mulher a dizer que estava vivo, durante o tempo que esteve preso e acordado.

Nuno Rodrigues foi transportado ao Hospital de S. José. Esteve em observação e foi ontem à tarde transferido para o Hospital de Vila Franca de Xira.

FAMÍLIA CRITICA DEMORA

Quando Nuno foi retirado, a revolta tomou conta dos familiares, que acharam insuficientes os meios envolvidos na operação, nomeadamente a grua de resgate. “Não permito que brinquem desta forma com a vida do meu filho. Nunca se viu tanto tempo para tirar uma pessoa. Ele podia ter morrido”, queixou-se ao CM Joaquim Rodrigues, pai do camionista.

António Duarte, comandante dos Bombeiros de Sacavém, justificou as longas horas de salvamento com o facto de se tratar de uma operação “de alto risco”. “Quando aqui chegámos deparámo-nos com um cenário muito complicado. Demorou porque havia o perigo da carga do camião cair em cima da cabina e esmagar a vítima”, explicou. Fonte dos Sapadores de Lisboa, cuja grua foi a utilizada, referiu que a mesma era a mais adequada à situação.
 
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