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Autoeuropa retoma diálogo

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RoterTeufel

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Automóvel: Trabalho ao sábado divide
Autoeuropa retoma diálogo

As negociações com os trabalhadores vão recomeçar na próxima semana, garantiu ontem o director-geral da Autoeuropa, afirmando que não está em causa a transferência da produção da fábrica da Volkswagen. Mas Andreas Henrichs deixou um alerta: a flexibilidade laboral é fundamental para que a empresa possa enfrentar o mercado automóvel até 2015.



O trabalho ao sábado, que está a dividir a direcção e a comissão de trabalhadores, é considerado como fundamental para a fábrica, que está neste momento a usar apenas 43 por cento da sua capacidade de produção.

'Não é agradável [trabalhar aos sábados] mas é sempre melhor do que não ter o posto de trabalho', sublinhou Henrichs, que negou que esteja a fazer pressões sobre os trabalhadores.

A Comissão de Trabalhadores quer que o trabalho aos sábados seja uma medida temporária, porque 'a crise não vai durar para sempre' e que seja pago 'uma parte em tempo e outra parte em dinheiro', afirma António Chora.

Mas o trabalho aos sábados, que já é aplicado em outras duas fábricas da VW, não visa apenas fazer frente à quebra de produção actual. 'Não resolve o problema deste ano mas poderá ajudar nos próximos, afirma o responsável pela unidade.

Quanto ao que se vai passar a partir do segundo semestre, o director-geral da Autoeuropa recusou fazer qualquer comentário, deixando por esclarecer qual o número de trabalhadores que não terão lugar na única linha de produção que estará a funcionar, ou quantos contratados a prazo poderão ser dispensados.

Um dos problemas da fábrica de Palmela é a produção do Eos, um descapotável que apostou muito nos Estados Unidos, o país que esteve na origem da crise que se instalou na economia mundial. O próprio Henrichs reconheceu que se a Autoeuropa estivesse a produzir outro modelo ou mesmo tivesse capacidade para construir mais Scirocco a situação não seria tão crítica.

ACTIVIDADE ECONÓMICA RECUA A 1978

A crise na Autoeuropa é um reflexo das más condições na economia nacional e mundial. O indicador coincidente mensal de actividade económica do Banco de Portugal registou uma contracção de 3,1 por cento em Abril face ao mesmo mês do ano passado, uma queda superior aos 2,9 por cento registados em Março e o maior recuo desde o início da série em 1978. Os dados são mais negativos do que o esperado, já que no mês passado o Banco de Portugal apontava para uma contracção de apenas 1,8% em Março, valor que agora caiu para 2,9%.

Pela positiva, o consumo privado dá sinais de alguma resistência à crise económica, com o indicador do Banco de Portugal a registar um aumento homólogo de 0,8% em Abril. n

APONTAMENTOS

APOIOS DISPENSADOS

O director-geral da Autoeuropa diz que a fábrica não precisa de apoios do Governo. Mas que poderão apoia-lá quando a casa-mãe estiver a escolher a fábrica que irá construir um novo modelo.

BAIXO CUSTO

O custo da mão de obra em Portugal é 'um pouco mais barato', admite Andreas Henrichs. Em contrapartida, como está longe da Europa Central – o mercado natural – há custos de transporte (de peças) para Portugal, e dos carros para o estrangeiro.
 
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