delfimsilva
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Criança encontrada por transeunte apenas com uma camisola , fralda e cheia de piolhos
Com uma camisola suja e uma fralda, a cabeça infestada de piolhos e o corpo cheio de picadas.
Foi neste estado de negligência que uma menina com 3 anos foi encontrada numa rua, em Faro, ontem de madrugada. Os pais já foram identificados.
A criança está à guarda do Refúgio Aboim Ascenção - instituição de acolhimento de crianças em risco - para onde foi levada depois de assistida, por precaução, no serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Central de Faro. Não apresentava sinais de subnutrição e estava clinicamente estável, apurou o JN.
Quando foi encontrada, cerca das 4.50 da manhã, estava sentada na via pública, calçada com uns sapatos de senhora, a poucos metros do Refúgio, e próximo da casa onde mora com os pais. A mulher de 29 anos que alertou a PSP não quis falar aos jornalistas.
Os cerca de 70 metros que separam o local onde foi encontrada da instituição de acolhimento levantaram suspeitas quanto a um possível abandono. O director do Refúgio, Luís Villas-Boas, chegou mesmo a falar em "abandono na via pública", explicando que este configura um dos mais graves crimes no Código Penal em termos de abandono.
A PSP, no entanto, não arrisca fazer o mesmo juízo. Fonte do Comando Distrital revelou que os pais moram perto da zona em que a menor foi encontrada e que "todos os indícios recolhidos apontam para que a menina tenha saído de casa". Foi precisamente esta a justificação que o casal, com cerca de 20 anos e natural de Faro, deu às autoridades. Por explicar fica o facto de os progenitores, que não têm mais filhos, não terem dado pela falta da criança. Só perceberam que não estava em casa quando, ao final da manhã, os polícias lhes bateram à porta.
"Encontrámos um cenário de pobreza, miséria e falta de higiene", descreveu a mesma fonte, que contou não ter sido difícil chegar ao casal, pela discrição que os agentes fizeram da menina nos cafés da zona.
Luís Villas-Boas descreveu, ao JN, o estado em que a criança se encontrava. "Com sinais de negligência gravíssimos, sobretudo ao nível da higiene. Tinha uma quantidade de piolhos incontável e o corpo cheio de picadas, mas não apresentava sinais de ser mal alimentada". O psicólogo e director da instituição,diz ainda estar "à espera que a situação evolua" e confessa que gostaria que a menina continuasse no Refúgio. "Só sairá com ordem judicial", frisou.
Fonte do Instituto da Segurança Social referiu, ao JN, que a Linha de Emergência Social 144 foi accionada às 5 horas pela PSP, que comunicou o caso aos técnicos. Depois de concluídos os exames hospitalares, a polícia voltou a telefonar para a Linha de Emergência, solicitando um local de acolhimento para a criança, tendo sido indicado o Refúgio Aboim Ascenção. O caso foi comunicado ao Tribunal de Família e Menores que irá decidir se a criança permanecerá aqui, se irá ser entregue aos pais ou a outros familiares e em que condições.
lusa
Com uma camisola suja e uma fralda, a cabeça infestada de piolhos e o corpo cheio de picadas.
Foi neste estado de negligência que uma menina com 3 anos foi encontrada numa rua, em Faro, ontem de madrugada. Os pais já foram identificados.
A criança está à guarda do Refúgio Aboim Ascenção - instituição de acolhimento de crianças em risco - para onde foi levada depois de assistida, por precaução, no serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Central de Faro. Não apresentava sinais de subnutrição e estava clinicamente estável, apurou o JN.
Quando foi encontrada, cerca das 4.50 da manhã, estava sentada na via pública, calçada com uns sapatos de senhora, a poucos metros do Refúgio, e próximo da casa onde mora com os pais. A mulher de 29 anos que alertou a PSP não quis falar aos jornalistas.
Os cerca de 70 metros que separam o local onde foi encontrada da instituição de acolhimento levantaram suspeitas quanto a um possível abandono. O director do Refúgio, Luís Villas-Boas, chegou mesmo a falar em "abandono na via pública", explicando que este configura um dos mais graves crimes no Código Penal em termos de abandono.
A PSP, no entanto, não arrisca fazer o mesmo juízo. Fonte do Comando Distrital revelou que os pais moram perto da zona em que a menor foi encontrada e que "todos os indícios recolhidos apontam para que a menina tenha saído de casa". Foi precisamente esta a justificação que o casal, com cerca de 20 anos e natural de Faro, deu às autoridades. Por explicar fica o facto de os progenitores, que não têm mais filhos, não terem dado pela falta da criança. Só perceberam que não estava em casa quando, ao final da manhã, os polícias lhes bateram à porta.
"Encontrámos um cenário de pobreza, miséria e falta de higiene", descreveu a mesma fonte, que contou não ter sido difícil chegar ao casal, pela discrição que os agentes fizeram da menina nos cafés da zona.
Luís Villas-Boas descreveu, ao JN, o estado em que a criança se encontrava. "Com sinais de negligência gravíssimos, sobretudo ao nível da higiene. Tinha uma quantidade de piolhos incontável e o corpo cheio de picadas, mas não apresentava sinais de ser mal alimentada". O psicólogo e director da instituição,diz ainda estar "à espera que a situação evolua" e confessa que gostaria que a menina continuasse no Refúgio. "Só sairá com ordem judicial", frisou.
Fonte do Instituto da Segurança Social referiu, ao JN, que a Linha de Emergência Social 144 foi accionada às 5 horas pela PSP, que comunicou o caso aos técnicos. Depois de concluídos os exames hospitalares, a polícia voltou a telefonar para a Linha de Emergência, solicitando um local de acolhimento para a criança, tendo sido indicado o Refúgio Aboim Ascenção. O caso foi comunicado ao Tribunal de Família e Menores que irá decidir se a criança permanecerá aqui, se irá ser entregue aos pais ou a outros familiares e em que condições.
lusa
