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Pais de quadrigémeos vivem dias complicados

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Mai 27, 2007
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Pai de Yara, Beatriz, Rúben e Tiago está no desemprego. Mãe ganha 250 euros mensais.

Os quadrigémeos que nasceram no Hospital de Santo António, no Porto, festejaram três anos. Mas, ao contrário do apoio que recebeu logo após o nascimento, a família tem vivido momentos de "alguma dificuldade".

Ana, 27 anos, e Paulo, 29, "fazem das tripas coração" para que nada falte "aos meninos", mas a ginástica financeira é todos os meses "complicada". Há três anos, Paulo trabalhava numa estação de serviço e ganhava 1,5 euros por cada carro que lavasse. Na altura, só desejava arranjar um trabalho onde pudesse ter um salário fixo ao fim do mês.

Todavia, a oportunidade "foi sol de pouca dura" e depois de "biscates" Paulo, com o sexto ano de escolaridade, voltou ao desemprego. O desespero fê-lo ir para a Alemanha trabalhar como servente, mas devido a um grave acidente de viação - de que saiu ileso "por milagre" - decidiu regressar a casa.

Vai valendo ao jovem casal o trabalho temporário de Ana, como auxiliar de cozinha num infantário, onde recebe cerca de 250 euros mensais. Porém, os 3,5 euros à hora que ganha a recibos verdes são escassos para cobrir despesas com os quatro filhos.

Yara, Beatriz, Tiago e Rúben, de sorriso estampado no rosto, vivem alheios aos problemas. "Fazemos tudo para que não lhes falte nada", conta Ana, ao JN, enquanto elogia o apoio vindo dos padrinhos das crianças: "Sem eles, tenho a certeza que tudo seria mais complicado". Outra ajuda "essencial" é a da avó materna, Maria Elisa. "Mas também ela só ganha um salário mínimo".

Ainda assim, a mãe dos quadrigémeos reconhece "o importante apoio" que receberam em 2006, logo depois do nascimento das quatro crianças. "Chegaram coisas de todo Portugal, de Norte a Sul ".

No entanto, as duas meninas e os dois rapazes cresceram e todos os dias são precisas novas coisas. "O dinheiro vai todo para o infantário, para a alimentação, para as roupas e, sobretudo, para o leite. Um pacotão (seis litros) dá apenas para dois dias", disse Ana, a mãe coragem.

"Se continuassem a dormir nas caminhas que ofereceram há três anos, corriam o risco de cair ao chão", afirma Maria Magalhães, 85 anos, mãe de uma das madrinhas, que vê as crianças "como netos" (ler texto na página seguinte).

Anteontem, dia em que viu os filhos a completar três anos, Ana confessou que "o melhor presente" seria "uma oportunidade de trabalho" para Paulo. Enquanto relata as "gracinhas" que as crianças já fazem ("Beatriz é a sorridente; Yara, a sedutora; Rafael, o falador, e Tiago, o terrorista")

Ana, que vivia com Paulo no Bairro da Pasteleira e que conseguiu mudar-se para o de Parceria Antunes com a ajuda da Câmara do Porto, conclui que "ser mãe foi a coisa mais linda" que lhe aconteceu.

fonte:jn
 
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