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Compreensão e disciplina

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GF Ouro
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Antes de mais, é preciso que os pais estejam atentos e avaliem a situação que originou a birra.

Porque comportamentos como chorar, gritar, pontapear e atirar-se ao chão são a forma que a criança encontra para exteriorizar cansaço, stress, frustração, desconforto ou simplesmente para reclamar a presença dos pais. Por isso mesmo, cada birra deve ser tratada individualmente.

Ela pode significar “apenas” que a criança está triste e, nesse caso, precisa de conforto e à birra não deve corresponder uma punição. Importante é ainda que não se confundam birras com mau comportamento.

É verdade que as birras deixam os pais em situações embaraçosas, consigo próprios e com terceiros, mas deve evitar-se colocar o rótulo de “mal comportada” na criança.

Feitas as ressalvas, no outro prato desta balança deve ser colocada a disciplina. Sinónimo de que há limites que a criança deve conhecer e respeitar – e que são os adultos a estabelecer, limites que se ultrapassados então, sim, abrem caminho ao mau comportamento.

Quando se lida com os mais pequenos e as suas birras a disciplina deve ser vista como o complemento do amor. Não uma disciplina ditatorial, que ignore os gostos e desejos da criança, mas uma disciplina equilibrada.

Diferente também da permissividade excessiva: o pai/a mãe não é um general, mas também não é o “compincha”, é comandante sensato de uma tropa com regras.

E a criança precisa de regras para se sentir segura. As regras ajudam a crescer, contribuem para a socialização. Uma infância sem limites traduz-se numa idade adulta desenquadrada, em dificuldades de integração numa sociedade que, quer se queira quer não, se alicerça em regras, em códigos, em leis.

Assim, na infância a criança deve aprender que existe uma relação hierarquizada com os pais e que dessa relação decorrem limites aos seus desejos e aos seus comportamentos.

Aprendê-los significa aprender a capacidade de adiar a realização desses desejos, o que mais tarde se revela extremamente útil para o convívio na comunidade dos adultos. Que “não se pode ter tudo o que se deseja” é a lição que se começa – e bem – a aprender desde pequenino.
 
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