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Porto soma segunda vitória

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O distrito do Porto sagrou-se, esta quarta-feira, vencedor da 5ª edição do Entre Palavras. As Escolas E.B 2/3 dr. Leonardo Coimbra, da Lixa, e a portuense Augusto Gil opuseram-se a duas escolas do distrito de Braga no debate final e saíram vencedoras.

Depois de mais um ano lectivo em que alunos de todo o país se prepararam para dar o melhor no Entre Palavras, o distrito do Porto subiu, ontem, pelo segundo ano consecutivo, ao lugar mais alto do pódio, no Fórum da Maia.

A Escola E. B 2/3 Dr. Leonardo Coimbra, da Lixa, e a E. B 2/3 Augusto Gil, do Porto, mostraram ter a melhor atitude, a originalidade e capacidade de argumentação necessárias para conquistar o primeiro lugar. A medalha de prata foi atribuída ao distrito de Braga. O Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian e a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Amares defenderam da melhor maneira o distrito e tornaram a decisão do júri bastante difícil.

A Escola E.B. 2/3 Augusto Gil foi, ainda, uma das cinco escolas com os melhores trabalhos, que ganharam uma viagem ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Alunos e professores encheram o Fórum da Maia para apoiar as respectivas escolas. Dos 18 distritos apurados, apenas Beja não compareceu por falta de transporte. O som das claques ecoava por todo o auditório. Os saltos, os gritos de guerra e as palmas davam força aos participantes. De t-shirt vermelha, tambores e gaitas de foles na mão, Viana do Castelo foi eleita a melhor claque.

Depois de terem exposto os trabalhos nas respectivas finais distritais, as equipas apuradas tiveram que fazê-lo mais uma vez na grande final. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, a crise financeira e a insegurança/aumento da criminalidade foram os temas abordados. A imparcialidade foi o ponto fulcral nas apresentações e os alunos tiveram que se desdobrar em argumentos a favor e contra cada um dos temas.

No fim das apresentações, Braga e Porto foram os distritos com maior pontuação. Seguiu-se o debate final que iria ditar o vencedor.

Durante alguns minutos, o barulho efusivo das claques deu lugar ao raciocínio, aos argumentos e ao improviso dos participantes. Debateu-se a crise financeira e as duas equipas tiveram que convencer a assistência de que a ajuda que o Estado presta aos bancos era favorável ou desfavorável para o país.

Os casos BPN e BPP foram bastante discutidos e os jovens alunos mostraram estar perfeitamente dentro do assunto. Defenderam a existência de um órgão de fiscalização que diminua a corrupção e perceba para onde vai o dinheiro dos bancos.

O debate foi moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira e levantou questões como o endividamento como consequência de facilidade de crédito. "Não podemos ter uma qualidade de vida acima das nossas possibilidades", afirmava uma das equipas. A outra falava no gabinete do municipe da Câmara do Porto. "Dá informação às pessoas de como sobreviver à crise. Deviam seguir este exemplo", contra-argumentava.

O júri integrou nomes como o do eurodeputado José Silva Peneda, o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, o subdirector do Jornal de Noticias, Paulo Ferreira, e a jornalista Fátima Campos Ferreira e decidiu que o distrito do Porto era o vencedor. As lágrimas dos participantes de Braga contrastaram com as gargalhadas dos do Porto.

Com os prémios entregues, os alunos vencedores não escondiam a alegria. "Não ganhamos nada de valioso, mas só o dia já valeu a pena", afirmou Maria Eduarda, da Escola Augusto Gil. "Diverti-me, conheci muitas pessoas e aprendi muito", acrescentou João Pedro Carvalho, da Escola Dr. Leonardo Coimbra.

E, numa altura em que os professores atravessam uma fase difícil, Sandra Rodrigues, professora de uma das escolas vencedoras, afirmou ser "um orgulho ensinar estes alunos".

O presidente da Câmara da Maia realçou a importância da incitativa na formação dos jovens e José Silva Peneda mostrou-se "impressionado com os finalistas".

Fátima Campos Ferreira falou, ainda, de uma "estrutura em rede", em que todos se ligam para fomentar a educação para a cidadania. Para o ano há mais.
fonte:jn
 
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