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Aqui
Neste meu sítio
aonde dependuro pote
e capote
me sento e descanso
durmo e canso
canto e rio
grito e cicio
por entre ranger de estrelas e ladrar de cães
choro de crianças
aflições de mães
trinados de aves
toque de finados
e o silêncio
indiferente
de Deus
com que me aflijo
e angustio
Aqui
neste meu chão
neste meu reduto de espaço-tempo-amor-além
impregno o Cosmos de meus odores
e humores
minhas lágrimas e meu mijo
meu cuspo, suor e sémen
uivos de dor
canções de amor e de embalar
sussurros de presença
gritos de ausência
tédio e saudade
perfume de tília
colorido de glicínia e buganvília
ensopado de vida e angústia
por dentro e por fora do Alfa e do Ómega
de onde o espírito advém
Aqui
neste meu mundo
moldado por minhas ideias
e mãos
sonhos e sofrimentos
angústias e tormentos
assobiados por mim e pelos ventos
que por aqui perpassam
pelas asas dos aves que esvoaçam
por mil raízes que minam o solo em procura de húmus
e consolo
não para sobreviver
mas para dar frutos
e alegria
porque vida e guarida
a têm garantida
Vale de Salgueiro, 10 de Setembro de 2007
Henrique Pedro
Neste meu sítio
aonde dependuro pote
e capote
me sento e descanso
durmo e canso
canto e rio
grito e cicio
por entre ranger de estrelas e ladrar de cães
choro de crianças
aflições de mães
trinados de aves
toque de finados
e o silêncio
indiferente
de Deus
com que me aflijo
e angustio
Aqui
neste meu chão
neste meu reduto de espaço-tempo-amor-além
impregno o Cosmos de meus odores
e humores
minhas lágrimas e meu mijo
meu cuspo, suor e sémen
uivos de dor
canções de amor e de embalar
sussurros de presença
gritos de ausência
tédio e saudade
perfume de tília
colorido de glicínia e buganvília
ensopado de vida e angústia
por dentro e por fora do Alfa e do Ómega
de onde o espírito advém
Aqui
neste meu mundo
moldado por minhas ideias
e mãos
sonhos e sofrimentos
angústias e tormentos
assobiados por mim e pelos ventos
que por aqui perpassam
pelas asas dos aves que esvoaçam
por mil raízes que minam o solo em procura de húmus
e consolo
não para sobreviver
mas para dar frutos
e alegria
porque vida e guarida
a têm garantida
Vale de Salgueiro, 10 de Setembro de 2007
Henrique Pedro