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Hérnia umbilical-bebé

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A seguir à queda do cordão umbilical e à cicatrização do umbigo, todavia fica uma pequena abertura, chamada de anel umbilical, na parte mais interna do abdómen, precisamente no local onde originalmente, se encontrava a comunicação dos vasos sanguíneos que levavam o alimento da mãe para o feto. Esta abertura mantém-se, pois a musculatura abdominal, ainda não está totalmente desenvolvida nem consolidada.

Por esta razão, pode acontecer que uma parte do intestino saia através desta pequena abertura e provoque um aumento de volume nesta zona (inchaço), ao nível da cicatriz umbilical. Trata-se pois de uma hérnia umbilical. As suas dimensões, podem ser muito variáveis e dependem do tamanho do anel umbilical.

O choro, aumenta a pressão abdominal e provoca um aumento das dimensões da hérnia, o que impressiona e preocupa muito os pais. É de utilidade saber, que esta situação não comporta um verdadeiro risco para o bebé e que não se tem a certeza se devemos impedir que a criança chore para evitar possíveis complicações.

O melhor conselho, é não aplicar nenhum remédio e não se preocupar se durante o choro a hérnia aumenta de volume. Normalmente, o processo de cura dá-se. como se descreveu atrás, de forma espontânea e é pouco provável que este tipo de hérnia provoque algum transtorno, como pode acontecer com outros tipos de hérnia.
Há que considerar o seguinte: quando as dimensões da hérnia (protuberância ou inchaço) são muito grandes, é muito pouco provável que o anel umbilical se feche de forma espontânea e faça desaparecer a hérnia como acontece nos casos em que ela é muito pequena. Se depois de um ano de vida do bebé, não se notar uma diminuição ou redução progressiva da dimensão da hérnia, é mais que inevitável ter-se que recorrer a uma intervenção cirúrgica. No entanto, deverá ficar claro que esta é uma situação extrema e bastante rara e normalmente, espera-se sempre que o organismo responda a esta situação e se dê uma cura espontânea, até que o médico veja que, inevitavelmente, tem que se recorrer a uma cirurgia para corrigir a hérnia e faze-la desaparecer.

Quais os riscos que a hérnia umbilical comporta para a saúde do bebé?
A maioria das hérnias umbilicais são assintomáticas, não tendo quaisquer riscos para a
criança. Muito raramente podem surgir manifestações de encarceramento (incapacidade de
redução da tumefacção) ou estrangulamento (dor, vómitos, obstipação, aspecto tóxico, etc.).

Por que é que, na maioria dos casos, a hérnia umbilical regride espontaneamente com o passar do tempo?
Além das características individuais, parece haver uma relação directa entre o diâmetro do
anel herniário aos três meses de idade e o seu fecho espontâneo definitivo. Em estudos
efectuados em crianças de raça africana, verificou-se que, se o diâmetro do anel herniário
for inferior a 0,5 cm, o encerramento da hérnia ocorre em 96% dos casos. No entanto, se for
superior a 1,5 cm, não é provável que se verifique esse encerramento espontâneo.

Nos casos em que a regressão não se verifica, quais os tratamentos possíveis?
Se a hérnia umbilical não regredir até aos 4-5 anos de idade, a criança deve ser
referenciada a um cirurgião pediátrico para correcção cirúrgica. Merecendo alguma
controvérsia, alguns autores recomendam que as hérnias umbilicais com mais de 1,5 cm
aos dois anos de idade sejam intervencionadas, dada a pequeníssima probabilidade de
regredirem espontaneamente.

Quando é que a cirurgia é a melhor opção e em que consiste?
Após os 4-5 anos de idade, a maioria das hérnias umbilicais têm indicação para correcção
cirúrgica com anestesia geral. O procedimento cirúrgico é simples e consiste em colocar
para dentro o conteúdo saliente da cavidade abdominal e fechar com pontos a parede da
musculatura por onde sai a hérnia, ou seja, realizar uma herniorrafia
 
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