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Casal ferido exige mais fiscalização nos carrosséis

delfimsilva

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Out 20, 2006
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Tiago e Elisa já estão em casa, mas as marcas do acidente no carrossel do Senhor de Matosinhos ainda vão permanecer por muito tempo. O jovem casal alerta para a necessidade de um controlo mais rigoroso das diversões.

E lamenta que o proprietário do carrossel não tenha ido ao hospital nem tenha feito um simples telefonema para saber como estavam. "Não faz ideia do nosso estado e do quanto lesou a nossa vida, tanto a nível pessoal como profissional", indigna-se Elisa.

"Queremos que isto sirva de alerta. É preciso mudar a legislação. É preciso que haja fiscalização dos divertimentos nas feiras. Alguém tem de responder por isto", afirmam os jovens, em recuperação dolorosa. "Ficámos preocupados porque, nos dias seguintes, ouvimos pessoas a dizer que não tinham qualquer medo, porque se já tinha acontecido uma vez não ia acontecer mais. E isso não é assim", acrescentam.

O carrossel tinha seguro. Mas a recuperação tem sido "complicada" e com "muitas dores".

"Passei noites e noites sem dormir. Só ontem é que consegui", desabafa Tiago Borges, 22 anos. Quase duas semanas depois do acidente (aconteceu na madrugada de dia 24), Tiago está sentado no sofá de casa, em Canidelo. Uma perna e um braço estão imobilizados, na boca tem as marcas dos ferimentos. Precisa de ajuda para quase tudo. Esteve 11 dias no hospital, onde foi operado. Os médicos avisaram que a recuperação demorará, no mínimo, seis meses. Elisa Santos, 26 anos, passou menos tempo internada. Tem 10 pontos na cabeça e as pernas com extensos hematomas. Confessa que era "fã" daquele tipo de carrosséis, mas admite que a partir de agora nunca mais se aventurará noutro.

O acidente que manchou uma noite que devia ser de festa transtornou a vida do casal. Elisa, merchandiser de uma marca de roupa, está há pouco tempo no emprego. Tiago, que trabalha numa loja de vestuário, ficará muitos meses em casa. O pai foi forçado a tirar férias para ajudar os jovens.

Da madrugada do dia 24 lembram-se de ir à festa com mais dois casais amigos. De avançarem para o "Carrossel do Gelo", depois de terem dado uma volta pela romaria. De aguardarem por três carros seguidos. "Esperámos três voltas. Já estava destinado sermos nós", diz Tiago. Pouco tempo depois do início da corrida a alta velocidade, ouviu um barulho "estranho", semelhante ao de "peças a soltarem-se". Elisa também ouvia. Depois, o carro soltou-se. Além do casal, mais seis pessoas foram atingidas por destroços.

A explicação do proprietário, que a inclinação do terreno estaria relacionada com o incidente não convence: "Então, como é que na segunda-feira seguinte já estava a funcionar outra vez? Se o terreno não tinha condições, nem devia ter montado o carrossel".


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