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Pesca Francesa

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Pesca Francesa

Esta técnica é executada com uma cana de encaixes sem carreto, onde se prende na ponta e ligada a um elástico uma baixada de fio de nylon composta por: uma bóia, olivette e/ou chumbos necessários para que esta fique perfeitamente calibrada e o empate com o anzol. Esta baixada terá o comprimento que entendermos correcto para cada pesqueiro até ao tamanho máximo da cana, daí a vantagem de se poderem acrescentar ou retirar elementos à mesma. Pode praticar-se em rios, canais, barragens e lagoas, no entanto é nos rios e canais de corrente média e rápida que ela suplanta as outras principais técnicas de pesca (inglesa e bolonhesa) pois consegue uma mais perfeita apresentação do isco ao permitir travar a corrida da bóia fazendo com que o isco levante do fundo e tenhamos toques.



Canas Roubaisiennes

É este o nome que têm as canas de pesca para esta modalidade. Deverão ser divididas em elementos que se encaixam entre si até se atingir o tamanho pretendido. Os três últimos elementos , incluindo a ponteira serão telescópicos, a fim de se poder adaptar o elástico interior que tem a finalidade de amortecer as investidas do peixe. Estas serão construídas principalmente em carbono sendo este por vezes reforçado com outros componentes em forma de rede, enrolamento em espiral, etc. Em relação à percentagem de carbono pode dizer-se que quanto maior melhor já que só assim se conseguem canas muito leves e o mais direitas possíveis para que tenham uma ferragem instantânea e se tenha uma boa condução da linha, com uma cana pingona e mole dificilmente se conseguirão controlar convenientemente estes factores. Os tamanhos podem variar dos 9m aos 14.5m sendo as de 13m e as 14.5m as mais utilizadas pelos pescadores de competição podendo as mesmas custarem algumas centenas de contos. Poder-se-à ainda adquirir kits adicionais, que não são mais do que conjuntos compostos normalmente por quatro ou cinco elementos onde se pode também aplicar uma ponteira com elástico. A principal vantagem destes kits é poder ter vários tipos de baixadas montadas com bóias, disposições dos chumbos, comprimentos de linha e anzóis diferentes. É evidente que a aquisição destes kits terá maior interesse para os pescadores que entrem em provas de pesca, pois aí qualquer perda de tempo contará certamente no resultado final.



Bóias
Para um iniciado ou mesmo para quem já pesca a algum tempo, a escolha da bóia indicada para cada situação torna-se por vezes um verdadeiro quebra-cabeças. Vamos pôr em ordem algumas ideias básicas que certamente nos ajudarão. Assim há que ter em conta:

1º - vamos pescar em água parada (tipo barragem ou lago) ou em água com corrente que pode ser fraca, moderada ou rápida?

2º - qual a intensidade do vento (fraco, moderado ou forte)?

3º - qual a profundidade a que se vai pescar (estimar a profundidade em metros, no entanto, só depois da sondagem se poderá verificar se o nosso cálculo estava certo)?

4º - qual a luminosidade da superfície da água?

Observando estes pontos, vamos escolher a nossa bóia quanto á "forma" (pêra, gota de água, tipo tesse,etc) com base nos pontos 1 e 2. Quanto à "dimensão" (e consequente peso de chumbo que suporta) consoante o ponto 3 e finalmente a "cor" da antena (vermelha, preta, amarela ou bicolor) com base no ponto 4. A pesca à francesa é por norma muito fina, sensível e astuta e a escolha da bóia requer um cuidado especial bem como a sua calibragem.



Fios

O fio utilizado para a montagem das nossas linha deve ser de qualidade superior e no momento da sua aquisição devemos ter em conta vários factores, são eles: a resistência, o seu diâmetro, a elasticidade, a resistência ao nó, a resistência a abrasão (que se quer grande pois a linha em acção de pesca fica sujeita a roçar em arbustos, pedras, etc.), a resistência aos efeitos nocivos dos raios solares, da temperatura e do tempo e finalmente a ausência de memória (uma linha que depois de enrolada e seguidamente esticada encaracole não reúne certamente as qualidades necessárias para apresentar correctamente um isco leve a um peixe). Cabe a cada pescador fazer a escolha que considere ser a melhor. Quanto aos diâmetros mais utilizados, de um modo geral, podem ir do 0.14 ao 0.10 na linha que se une a cana e do 0.12 ao 0.06 no empate excepto casos especiais em que podemos utilizar outros diâmetros.



Chumbos

Existem para esta pesca três categorias de chumbos que deverão ser utilizados nas montagens das nossas baixadas: os cilíndricos, os esféricos e as olivettes. Os chumbos cilíndricos ficarão em príncipio para aplicações feitas por especialistas, devido ao cuidado na sua montagem e à dificuldade na sua permanência correcta na linha. Os chumbos esféricos para a pesca à francesa podem ir do nº 0 ao nº 14 em que o nº 0 é o maior e o nº14 o mais pequeno, no entanto de príncipio para as nossas baixadas, bastará a utilização do nº 6 ao 11. As olivettes são comercializadas desde o quarto de grama até as vinte gramas, ficando as mais pesadas para aplicações que nada têm a ver, na maioria das situações com a nossa pesca. Para finalizar este tema quero apenas deixar claro que deveremos tomar muito cuidado com a qualidade dos chumbos que de príncipio adquirimos, pois é frequente o iniciado deixar-se iludir com a bonita apresentação da embalagem e não ligar a pormenores tais como se o chumbo é bem fendido (de maneira que quando montado na linha esta fique rigorosamente ao meio do chumbo) e uniform (que todos eles tenham o mesmo diâmetro). As olivettes deverão apresentar a sua abertura livre de quaisquer fissuras, que poderão enfraquecer ou mesmo cortar a linha em acção de pesca.



Anzóis

Para cada situação deveremos ser capazes de saber escolher o anzol adequado, assim sendo aqui ficam algumas dicas:

Pesca difíceis, a peixes pequenos com iscos delicados - anzol direito, haste longa, arame fino e ligeiro, ponta pequena e micro-barbela.

Peixes combativos - anzol em arame robusto (que não abra), ponta média com grande penetração.

Pesca rápida - haste longa, muito pequena barbela ou ausência desta.

Anzol para iscos grandes (tipo batata, milho) - arame médio, curvatura larga e ponta longa.

Será sempre de exigir que os nossos anzóis sejam fabricados com a mais recente tecnologia tal como a afiação química e o recurso às ligas de carbono. O tamanho dos anzóis que utilizaremos andará a maior parte das vezes entre o nº12 e o nº24, existem em cores como bronze, niquelado, preto, dourado, vermelho,etc, o meu conselho é não liguem muito à cor, se no entanto pretenderem alguma regra neste campo utilizem a cor do anzol de acordo com a cor do isco.

Boas pescarias.
 
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