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Inverno nuclear

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Inverno nuclear

Inverno Nuclear designa o ápice de uma série de fenômenos meteorológicos provocados por uma guerra nuclear total entre as potências nucleares. Estudos feitos na década de 1980 mostraram que a queima das cidades e posterior emissão de milhões de toneladas de fuligem na atmosfera resultariam numa pequena era glacial que duraria alguns anos, matando assim grande parte dos animais e vegetais existentes. Esses estudos contribuiram para as campanhas pacifistas e de desarmamento entre os EUA e a Ex-URSS.

A teorização inicial de tal fenômeno foi trabalho do cientista soviético Vladimir Valentinovich Alexandrov.

Mecanismo

Tal teoria jamais se pôs a prova mas os estudos concluíram que um bombardeio mútuo com armas nucleares estratégicas esfriaria o clima mundial levando-o a uma nova idade do gelo. Os cientistas afirmaram que em um bombardeio com tais armas se atacariam objetivos civis de importância, ou seja, cidades. Em segundo grau se poderiam atacar objetivos de abastecimento de alimentos, campos, ou de abastecimento de energia, centrais energéticas entre as quais poderiam encontrar-se centrais nucleares com a consequente extensão da radiação. As cidades arderiam durante semanas e inclusive meses estendendo uma vasta nuvem de cinzas que tapariam o céu em amplas áreas circundantes. Os "cogumelos" das explosões termonucleares elevariam escórias e aerosóis procedentes da destruição da explosão a altitudes estratosféricas onde sua permanência em suspensão é elevada. Ademais estas explosões gerariam abundantes óxidos de nitrogênio estratosféricos que potenciariam ainda mais o albedo terrestre.

Por outro lado, uma consequencia colateral seria a paralização da produção de energia dos centros urbanos e industriais. Estas zonas são fontes térmicas que criam microclimas mais quentes. Tudo reverteria em uma drástica baixa das temperaturas em poucas semanas após o holocausto nuclear. Mas os oceanos manteriam sua temperatura original devido à elevada capacidade térmica da água. Esta diferença térmica geraria brisas ciclônicas que flagelariam as costas assolando as cidades e portos dos litorais. Pelo menos durante um ou dois anos a incidência dos raios solares seria fraca. Os temporais cessariam quando a temperatura da água se igualasse com a da terra. Após este desastre emergiria um mundo gelado e estéril em que 90% das colheitas mundiais estariam arruinadas e a capacidade de geração de energia haveria diminuido em mais da metade. Sem meios para aquecer-se as cidades se converteriam em carcaças de cimento abandonadas pelo forte período de fome subsequente.

O inverno nuclear não só seria uma representação dramática de um futuro possível após um confronto entre duas superpotências (ou coalisões) senão que significava, para todos os efeitos, o ocaso de nossa civilização tal como a conhecemos hoje. A volta à "idade da pedra" em questão de meses. O inverno nuclear reflete que após um intercâmbio nuclear completo não só se veriam afetadas as principais nações beligerantes senão que as consequências globais seriam nefastas quiçá durante séculos ou por mais tempo. Alguns cientistas chegaram a dizer sem receios que tal evento seria o desencadeador de uma nova glaciação que há de vir dado que nos encontramos em uma situação relativamente próxima em termos geológicos ao próximo mínimo glacial.

Observação

A expressão designa, em alguns textos, também similares fenômenos atmosféricos, ligados por exempo, a erupções vulcânicas de grande escala, como, por exemplo, as dos supervulcões, quando então deve ser mais corretamente designado por inverno vulcânico. Eventos climáticos similares podem acontecer em caso de colisão de um asteróide de tamanho razoável com a Terra.

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