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BPP com solução mas sem dinheiro garantido

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Mai 27, 2007
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A solução para o BPP foi finalmente conhecida, mas não agradou. O Estado, embora apoie a solução, não garante perdas ou a recuperação total do dinheiro. Clientes vão poder aceder ao Sistema de Indemnização.

Atenuar ou minimizar perdas. Foi desta forma que o ministro das Finanças se referiu ontem à solução desenhada para o Banco Privado Português e que, na prática, passa pela constituição de uma entidade que vai gerir novos títulos, que irão substituir os actuais, de retorno absoluto, e ainda sob a "alçada" do BPP.

Estes novos títulos serão "emitidos por uma instituição credível", que terá como accionistas "os principais bancos" nacionais, que já foram contactados para o efeito. O ministro das Finanças não avançou quais são os bancos em questão, mas sublinhou que "mostraram disponibilidade" para aderir. E é a partir daqui que a solução deixa de agradar a alguns clientes. É que, a substituição dos títulos será feita ao valor que têm actualmente, ou seja, aquilo que cada cliente do retorno absoluto entregará à nova sociedade corresponde ao valor actual da sua carteira e não ao que investiu.

Teixeira dos Santos salientou que não poderia ser de outra forma, ou seja, que não poderia haver uma garantia do Estado, porque não seria justo pôr os contribuintes a pagar uma garantia que foi dada pelo BPP. Da mesma forma, a nova sociedade também não garantirá retorno do capital.

Ainda assim, foi decidido que os clientes que registem perdas entre o que aplicaram e o que agora lá têm, possam aceder ao Sistema de Indemnização ao Investidor (SII) e receber até um máximo de 25 mil euros por titular.

Na prática - e ressalvando o facto de toda esta solução ter ainda de ser regulamentada -, isto poderá significar que um cliente do BPP que investiu 200 mil euros em produtos de retorno absoluto, e que tenha visto o seu activo desvalorizar de forma a ter agora apenas 90 mil euros, poderá ser em parte ressarcido das perdas através do SII, até ao máximo de 25 mil euros. Este valor, tal como acontece no Fundo de Garantia de Depósitos, é atribuídos por titular, o que significa que se a conta tiver mais do que um titular, cada um recebe 25 mil euros.

A ausência de risco sistémico para o sistema financeiro no caso do BPP é uma das razões apontadas para justificar a recusa do Estado em entrar com dinheiro (200 milhões de euros) na recapitalização do banco. Esta decisão somada à solução agora desenhada, poderá ditar o fim do Banco Privado Português. O destino e o futuro do banco é uma questão que o ministro das Finanças remete para os accionistas do BPP.

fonte:jn
 
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