Aos 61 anos, António Lima Coelho, morador num bairro das Antas, gasta metade da reforma para pagar a renda à Câmara do Porto e já nem tem dinheiro para pagar o gás. A Câmara diz que ele já recusou casa em três bairros.
Respira-se tranquilidade e limpeza e quase se poderia falar em "opulência" naquele T2 do Agrupamento Habitacional da Antas. António Lima Coelho explica, enquanto vai espalhando em cima da mesa recibos e trocas de correspondência, que "foi tudo comprado enquanto trabalhava e há coisas que ainda não estão pagas".
A desgraça acentuou-se quando se reformou, há cerca de meio ano. "Era cobrador e ganhava 700 euros, mais subsídio de alimentação e comissões. Tinha uma vida estável e estava como queria. Mas a minha mulher deixou de trabalhar há sete anos, quando o patrão desapareceu e agora tenho os dois filhos também em casa. A reforma desgraçou-me. Até já tive de ir pedir dinheiro ao padre da Antas para pagar a renda. São 245 euros e eu não aguento. Já me cortaram o gás e arrisco-me a ficar sem luz", confessou, em lágrimas.
Já bateu a todas as portas de que se lembrou, está à espera de resposta da Segurança Social e não se cansa de repetir que "os cálculos da DomusSocial estão errados". "Pessoas amigas fizeram as contas e atendendo aos rendimentos do agregado, deveria estar a pagar menos 100 euros. E com isso eu já conseguia "respirar", referiu.
Há cerca de um mês a empresa municipal DomusSocial propôs-lhe a transferência para outros bairros. "Tinham uma casa em Santa Luzia e outra no Bairro da Mouteira (Lordelo do Ouro). Mas tinha de gastar 50 euros nos passes e ficava ela por ela", justificou António Lima Coelho .
A DomusSocial diz que as contas estão correctas. "O Bairro das Antas está classificado dentro do grupo 5, que é o de rendas técnicas mais elevadas. Neste caso, o preço técnico de um T2 naquele agrupamento é de 238 euros".
A empresa sublinhou que "a renda que vem a ser cobrada corresponde a 17,86% do rendimento total auferido pelo agregado familiar" e "está bem calculada".
A DomusSocial sublinhou, ainda, que foi proposta outra alternativa. "Foi-lhe proposto o Bairro Fernão de Magalhães, já de acordo com a sua preferência em termos de localização e com uma renda técnica máxima de 58,90 euros. Também não aceitou por entender que a casa era pequena", concluiu a empresa.
António Lima Coelho nega: "Eu bem que gostava de ir para Fernão de Magalhães, mas não me propuseram casa alguma".
fonte.jn
Respira-se tranquilidade e limpeza e quase se poderia falar em "opulência" naquele T2 do Agrupamento Habitacional da Antas. António Lima Coelho explica, enquanto vai espalhando em cima da mesa recibos e trocas de correspondência, que "foi tudo comprado enquanto trabalhava e há coisas que ainda não estão pagas".
A desgraça acentuou-se quando se reformou, há cerca de meio ano. "Era cobrador e ganhava 700 euros, mais subsídio de alimentação e comissões. Tinha uma vida estável e estava como queria. Mas a minha mulher deixou de trabalhar há sete anos, quando o patrão desapareceu e agora tenho os dois filhos também em casa. A reforma desgraçou-me. Até já tive de ir pedir dinheiro ao padre da Antas para pagar a renda. São 245 euros e eu não aguento. Já me cortaram o gás e arrisco-me a ficar sem luz", confessou, em lágrimas.
Já bateu a todas as portas de que se lembrou, está à espera de resposta da Segurança Social e não se cansa de repetir que "os cálculos da DomusSocial estão errados". "Pessoas amigas fizeram as contas e atendendo aos rendimentos do agregado, deveria estar a pagar menos 100 euros. E com isso eu já conseguia "respirar", referiu.
Há cerca de um mês a empresa municipal DomusSocial propôs-lhe a transferência para outros bairros. "Tinham uma casa em Santa Luzia e outra no Bairro da Mouteira (Lordelo do Ouro). Mas tinha de gastar 50 euros nos passes e ficava ela por ela", justificou António Lima Coelho .
A DomusSocial diz que as contas estão correctas. "O Bairro das Antas está classificado dentro do grupo 5, que é o de rendas técnicas mais elevadas. Neste caso, o preço técnico de um T2 naquele agrupamento é de 238 euros".
A empresa sublinhou que "a renda que vem a ser cobrada corresponde a 17,86% do rendimento total auferido pelo agregado familiar" e "está bem calculada".
A DomusSocial sublinhou, ainda, que foi proposta outra alternativa. "Foi-lhe proposto o Bairro Fernão de Magalhães, já de acordo com a sua preferência em termos de localização e com uma renda técnica máxima de 58,90 euros. Também não aceitou por entender que a casa era pequena", concluiu a empresa.
António Lima Coelho nega: "Eu bem que gostava de ir para Fernão de Magalhães, mas não me propuseram casa alguma".
fonte.jn