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Novas Oportunidades: Campeões do futebol apostam na formação

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15:53 - Futebol
Novas Oportunidades: Campeões do futebol apostam na formação

Os ex-futebolistas Pedro Valido e Jorge Amaral, campeões do mundo de sub-20 em Riade1989, apostaram na formação através do programa Novas Oportunidades, sendo dos primeiros jogadores profissionais a terminarem o 12.º ano.
Entre a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), a secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e o Sindicato dos Jogadores Profissionais Futebol (SJPF) surgiu a ideia de uma parceria que encaminhasse actuais e antigos jogadores para a continuação da escolaridade, neste caso para o programa Novas Oportunidades.
Depois de muitos anos ao serviço do Sporting e actualmente como treinador do Grupo Desportivo de Peniche, Jorge Amaral viu no Novas Oportunidades a possibilidade de concluir algo que lhe tinha sido negado na adolescência.
"Enquanto atleta tive dificuldades e por isso não consegui conciliar os estudos com o futebol, mas apareceu esta oportunidade e acho que estava na hora certa para poder terminar o 12.º ano”, revelou à Agência Lusa Jorge Amaral, que equaciona agora “poder entrar numa universidade e tirar um curso superior".
Para Pedro Valido, antigo jogador do Benfica, actualmente no departamento de prospecção dos “encarnados” e comentador do canal do clube (Benfica TV), a experiência de vida foi idêntica.
"Vi o programa Novas Oportunidades com bons olhos porque no meu processo de adolescência representar o Benfica e as selecções nacionais não deixava conciliar os estudos com o futebol. Nesta fase, surgiu esta oportunidade e aconselho toda a gente a frequentar o RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) e poder ficar com a equivalência do 12.º ano", defendeu Valido.
Os dois ex-jogadores falavam com a Lusa na sequência da apresentação do seu dossier de vida digital, fundamental para a conclusão do programa Novas Oportunidades.
Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto admitiu que há um défice de formação entre os jogadores profissionais de futebol.
"É normal chegarmos aos 30 e tal anos de um jogador de futebol e percebermos que acaba a carreira. Olha para trás, procura o curso que tem e não o encontra. É lançado na vida sem nenhum instrumento, nenhuma formação, nenhuma ferramenta para vencer na vida”, lembrou Laurentino Dias.
Para o governante, é importante que haja não só uma valorização do atleta, mas também do cidadão, através de “soluções para a sua formação, para que cheguem ao fim da carreira de futebol e não fiquem lançados numa sociedade sem meios de defesa”.
“Acho isto essencial porque só uma pequeníssima parte dos jogadores de futebol em Portugal é que chegam ao fim das carreiras com meios para viverem a vida inteira", sublinhou.
Também o presidente do SJPF aproveitou para defender a necessidade de quebrar com o paradigma do divórcio entre a escola e o futebol.
“Nós queremos que escola e desporto caminhem de mãos dadas porque é isso que acontece na Europa, mas é um paradigma difícil de quebrar porque há uma mentalidade e uma cultura de dirigismo que se instalou e que inibe o acesso dos jogadores à qualificação e às posições de gestão nos clubes", sublinhou Evangelista.
De acordo com o presidente do SJFP, há actualmente cerca de 1.300 antigos e actuais jogadores de futebol a frequentar o programa Novas Oportunidades, estando perto de 300 em formação.


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