Desculpa...

Pudesse eu ser aquilo que as pessoas querem,
Apenas mais uma neste mundo de clones,
Com aqueles objectivos que secam a alma,
Com aquelas vitórias que nada nos fazem...

Desculpa se sou diferente,
Desculpa se não posso ser o que queres,
Eu nunca poderei ser assim,
Perderia tudo o que é precioso em mim,
Tudo iria ser apenas mais um acontecimento
Neste mundo clonado...

Teimosia não me falta,
Exagerar é o meu nome do meio...

Mas é ao ser assim que vivo quem sou,
Sou eu, dura, crua e verdadeira.
Amar para mim não tem limites,
Amo ilimitadamente e absolutamente,
Louca de amor absoluto e derradeiro!

Viciada em palavras que já se escrevem
Sozinhas,
Não preciso muito para que elas me encham
E corram de mim para fora,
Saindo e flutuando em papel, no computador ou na internet...

Palavras essas que tantos não se importam,
Palavras que muito me vivem,
Palavras que a muitos nada dizem.
Mas eu sou quem sou e nada muda,
Desculpa por não ser quem tu queres...

Sofia Duarte