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Barreira de mil milhões famintos será superada em 2009

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Barreira de mil milhões famintos será superada em 2009

A barreira do mil milhões de pessoas que passam fome será superada em 2009 na sequência da actual crise económica mundial, anunciou hoje a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

«Pela primeira vez na história da humanidade, mais de mil milhões de pessoas, concretamente 1,02 mil milhões, sofrerão de subnutrição em todo o mundo», adverte a FAO num relatório sobre a segurança alimentar mundial.

«O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte aproximadamente da população mundial», destaca a agência da ONU, com sede em Roma.

Segundo as estimativas da FAO, baseadas num estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, «a maioria das pessoas subnutridas vive em países em desenvolvimento».

Quase 53 milhões de pessoas sofrerão fome em 2009 na América Latina e Caraíbas.

O número ascende a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África subsaariana, 42 milhões no Médio Oriente e Norte de África e 15 milhões nos países em desenvolvimento.

O número de sub-nutridos no mundo passou de 825 milhões no biênio 1995-1997 para 873 milhões de 2004 a 2006.

Em 2008, o númerou caiu de 963 milhões para 915 milhões por uma melhor distribuição dos alimentos, mas a tendência inverteu-se com o agravamento da crise económica e financeira do fim do ano.

Para a FAO, o objectivo fixado em 1996 na Cimeira Mundial sobre a Alimentação (CMA) de reduzir para metade o número de pessoas com fome não será alcançado.

A meta foi ratificada, no entanto, com o compromisso de ser atingida em 2015, numa reunião da ONU em Roma em Junho de 2008.

No entanto, a redução dos rendimentos devido à crise e aos elevados preços dos alimentos foram devastadores para as populações mais vulneráveis.

As estimativas da FAO confirmam a tendência desalentadora da última década para uma maior insegurança alimentar e revelam claramente o impacto da crise nas populações mais pobres do planeta.

«O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia», afirma a organização.

«A actual desaceleração da economia mundial, a que se segue a crise dos alimentos e dos combustíveis e coincide em parte com ela, está no centro do forte aumento da fome no mundo», indica a agência da ONU.

As estimativas alarmantes da FAO foram publicadas três semanas antes da cimeira dos chefes de Estado e de Governo do G8, os oito países mais ricos do mundo, na cidade italiana de L'Aquila, de 8 a 10 Julho.

A crise económica e as suas repercussões, em particular em África, o continente mais afectado, constam da agenda da reunião.

Na América Latina e Caribe, a única região que registou sinais de melhoria nos últimos anos, também foi comprovado um aumento (12,8%) do número de sub-nutridos.

Mesmo nos países desenvolvidos, a sub-nutrição transformou-se numa preocupação cada vez maior.

O relatório completo sobre a insegurança alimentar no mundo será apresentado oficialmente em Outubro.
 
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