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OCDE antecipa quebra de 4,5% na economia portuguesa

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Desemprego vai chegar aos 11,2%

A OCDE reviu em forte baixa as perspectivas para a economia portuguesa, antecipando agora uma quebra do PIB de 4,5% este ano e de 0,5% em 2010. O desemprego vai chegar aos 11,2% no próximo ano e o défice orçamental tocar nos 6,5%.

A OCDE actualizou hoje as suas previsões para a economia dos seus países membros, tendo efectuado uma revisão em alta pela primeira vez em dois anos.

Para Portugal as previsões são mais pessimistas, com a organização a prever uma contracção de 4,5% este ano, sendo a economia portuguesa irá continuar em recessão em 2010, com uma quebra do PIB de 0,5%.

Previsões bem mais pessimistas do que as avançadas por outros organismos. O Banco de Portugal antecipa uma queda do PIB de 3,5%, uma projecção em linha com a do Governo.

Para o desemprego o cenário traçado pela OCDE é também “negro”, com uma previsão de subida da taxa para 9,6% este ano, face aos 7,6% de 2008. Para 2010, a OCDE antecipa um aumento da taxa de desemprego em Portugal para 11,2%.

Quanto à inflação, a OCDE estima uma queda nos preços de 0,2% este ano e um regresso a terreno positvo em 2010 (1%).

“Portugal está no meio de uma profunda recessão, devido ao colapso do comércio externo e condições financeiras mais apertadas, que afectaram todas as partes da economia”, escreve a OCDE na análise a Portugal.

As exportações portuguesas deverão recuar 21,5% em 2009 e baixar 1,2% em 2010.

A organização espera uma contracção da economia ao longo de 2009, e uma “recuperação muito lenta” em 2010, “à medida que as condições económicas e financeiras globais melhorem gradualmente”.

A OCDE estima também uma “deterioração significativa” das finanças públicas portuguesas, com o défice a atingir 6,5% do PIB em 2009 e a manter-se neste nível em 2010.

O organismo calcula que as medidas de apoio à economia vão ter um impacto negativo de 0,8% no PIB em 2009, apesar de a OCDE assinalar que o crescimento do défice previsto é “cíclico”.

Quanto à queda estimada para o PIB, a OCE justifica-a com “as condições de crédito apertadas, uma rápida deterioração do mercado de trabalho e a descida da confiança dos consumidores”.

Apesar do pessimismo, a OCDE refere que se as “condições financeiras melhorarem mais rapidamente que o esperado e o crescimento dos principais parceiros também recuperar mais cedo que o antecipado, a recuperação da economia portuguesa pode acontecer de forma mais rápida em 2010”.

Jornal de Negócios
 
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