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Greenpeace denuncia os gigantes da electrónica mais poluentes

ecks1978

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A mais recente edição do guia da Greepeace que faz o “ranking” dos gigantes da electrónica que mais poluem o ambiente – “Guide to Greener Electronics” –, hoje tornado público, revela que os três gigantes mundiais, a Hewlett Packard (HP), a Dell e a Lenovo, não conseguiram melhorar os seus produtos, apesar das promessas que fizeram no passado para erradicar da produção materiais poluentes como o cloreto de polivinila (PVC) e retardantes brominados de chama (BFR).

“A Greenpeace leva os compromissos voluntários muito a sério e quer tornar as empresas reféns das suas promessas. Não há desculpa para estes retrocessos e não há razão nenhuma para as empresas não se verem livres dos PVC e dos BFR”, indicou hoje em comunicado o activista da Greenpeace responsável pelo combate ao lixo tóxico, Tom Dowdall.

A organização ecologista alerta para o facto de o PVC – o tipo de plástico mais tóxico – poder contaminar os humanos (pode dar origem a toxinas cancerígenas quando queimado) e o Ambiente durante todo o seu ciclo de vida. Já os BFR são altamente resistentes à degradação no meio ambiente e expõem os utilizadores dos produtos a um perigo acrescido aquando do seu manuseamento.

Com o aumento, nas últimas décadas, do chamado e-waste (lixo electrónico), os trabalhadores que lidam com este problema estão sujeitos a diversos riscos. Eliminando estas substâncias assegura-se um melhor processo de e-reciclagem.

Indexado na 14ª posição (o top é encimado pelas empresas menos poluentes), a HP acabou por adiar os seus compromissos feitos em 2007 de deixar de lado os PVC e os BFR da sua linha de produção (excluindo as linhas de impressoras e de servidores) entre 2009 e 2011. A marca continua a não ter no mercado nenhum produto livre daquelas substâncias poluentes, refere a Greenpeace.

A HP foi avisada para o facto de não ter retirado esses produtos tóxicos da linha de produção dos seus portáteis na semana passada, quando activistas da Greenpeace amontoaram lixo electrónico à porta do quartel-general chinês da empresa. Hoje mesmo, os escritórios holandeses foram igualmente surpreendidos pelos membros da mesma organização ambientalista, que mostraram aos funcionários fotografias da poluição que os seus computadores estão a causar em África e na Ásia.

A Lenovo, a Dell e a Acer aparecem, ainda assim, à frente da HP porque já introduziram no mercado produtos que estão livres (ou usam em quantidades menores) de PVC e BFR. De todas as formas, estas três marcas foram as que, na opinião da Greenpeace, se destacar da pior maneira possível, por terem quebrado promessas feitas em ocasiões anteriores.

Nos primeiros lugares do top – de empresas menos poluentes – estão a Nokia (em primeiro), a Samsung (2º) e a Sony Ericsson (3º). A LG Electronics, a Toshiba e a Motorola sobem, respectivamente, para o quarto, quinto e sexto lugares. A Sony baixa do 5º para o 12º lugar, alegando a Greenpeace que isso se deve à má “performance” ao nível da reciclagem de lixo electrónico.

As novas linhas de computadores da Apple – praticamente livres de PVC e BFR – demonstram que é possível, tecnicamente e industrialmente, produzir alternativas a estas substâncias tóxicas, indica a organização ambientalista, que, apesar de tudo, coloca esta multinacional na metade inferior da tabela.

Em último lugar encontra-se a empresa Nintendo – que, apesar de tudo, começou a erradicar parcialmente os elementos poluentes das suas consolas – seguida da Fujitsu, em penúltimo.
 
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