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Planeta tem 17 mil espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção

ecks1978

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Out 29, 2007
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O planeta tem cerca de 17 mil espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção, revelou hoje a UICN (União Mundial para a Conservação da Natureza), através da sua Lista Vermelha. Nos últimos 500 anos já se extinguiram 869 espécies.

Actualmente estão ameaçadas de extinção pelo menos 16.928 espécies, incluindo um terço dos anfíbios, mais de um em cada oito espécies de aves e cerca de um quarto dos mamíferos. Por comparação, a Lista Vermelha de 2004 mostrava 784 extinções desde 1500.

“Isto permite-nos chegar à conclusão que a vida selvagem está em perigo. A extensão do risco de extinção varia consoante os diferentes grupos de espécies”, escrevem os autores do relatório.

Em Portugal há 159 espécies ameaçadas, a maioria moluscos (67 espécies), mas também mamíferos (onze), aves (oito), peixes (38), plantas (16), invertebrados (16), répteis (dois) e anfíbios (uma).

A UICN acredita que a comunidade internacional não conseguirá cumprir a meta de travar a extinção das espécies até 2010, um compromisso feito por vários Governos em 2002.

No entanto, esta é uma lista que está longe ser completa. A organização estima que abranja apenas 2,7 por cento das espécies descritas.

O número de extinções é uma “estimativa por baixo mas dá-nos uma útil ferramenta para compreender o que está a acontecer a todas as formas de vida na Terra”, comentaram os autores do estudo.

Actualmente, as alterações climáticas não são a maior ameaça à biodiversidade do planeta. Mas isso pode mudar, avança o relatório. Ao analisar 17 mil espécies de aves, anfíbios e recifes de coral, a UICN identificou uma proporção significativa de espécies que são muito vulneráveis às alterações climáticas e que ainda não estão ameaçadas. Deste grupo fazem parte 30 por cento das aves, 51 por cento dos corais e 41 por cento dos anfíbios.

Baseada em informação relativa a 2008, a UICN estabeleceu agora uma ligação entre a crise financeira e a crise ambiental, explicou o responsável por este estudo, Jean-Christophe Vie.

“Não queremos escolher entre natureza e economia; apenas queremos que a natureza esteja ao mesmo nível quando chega o momento de tomar decisões”, comentou. “Os postos de trabalho são importantes mas não devem ser criados em detrimento da natureza”.

A situação da biodiversidade “é muito mais grave do que a crise económica ou dos bancos”, comentou Vie. “Pode perder-se uma indústria mas também se pode reconstruí-la. Na natureza, se perdermos uma espécie, perdemo-la para sempre. Nunca mais poderemos recuperar esse capital”.
 
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