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Há dois anos sem ir às consultas por não ter transporte gratuito

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Mai 27, 2007
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A viver na Torre do Viso, no Porto, com uma reforma de 257 euros, Maria José Machado deixou de conseguir levar o filho, Tiago André, 17 anos, com paralisia cerebral, às periódicas consultas no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral do Porto quando se viu obrigada a pagar o transporte de ambulância.

"O Tiago tinha muitas consultas, ora de terapia da fala ora de genética e até de fisioterapia. Mas, há coisa de dois anos, cortaram-me o transporte gratuito nas ambulâncias", contou, ao JN, Maria José Machado, inconformada com o facto de ter "exposto o problema à equipa médica e ter ouvido que muitos pais já se haviam queixado do mesmo". "E, então, não se tenta encontrar uma solução para o problema?!", interroga.

Sem carro no agregado familiar e com falta de dinheiro suficiente para suportar as visitas regulares com Tiago André ao médico - porque cada percurso na ambulância fica por 30 euros, logo a viagem de ida e regresso soma o dobro do valor -, Maria José nota "com muita tristeza" o filho a ficar "com os ossos atrofiados". "Mas está muito estimadinho", afirma. "Era importante ele ir mais vezes à fisioterapia, mas actualmente não faz nada. Há três anos que não vai ao hospital", confessou a mãe de Tiago André, "transtornada" com a situação que "tem vindo a agravar-se".

"Uma vez, negaram o transporte do meu filho e responderam-me que a Segurança Social não pagava aos bombeiros", sublinhou Maria José Machado, enquanto espera um "desbloqueio" para que Tiago André tenha uma nova cadeira. "A actual, além de ser pesada, tem um assento que é muito quente". No entanto, a nova cadeira, que "dará melhor qualidade de vida" ao jovem, de 17 anos, custa 7519 euros. "Onde consigo ter este dinheiro se só para fraldas gasto, por mês, 150 euros?", questiona a mãe.

Em resposta, fonte da Segurança Social esclarece que "a situação apresentada não é do seu conhecimento", não havendo "nenhum registo de pedido, quer ao nível de apoio para transportes quer para aquisição de ajudas técnicas". Ainda assim, a Segurança Social "encontra-se disponível para apoiar o Tiago. "Da informação obtida junto do Centro de Paralisia Cerebral do Porto, sabemos, inclusive, que está agendada naquela instituição uma reavaliação da situação do Tiago, após a qual se aferirá da necessidade de uma nova ajuda técnica", concluiu a Segurança Social.

JN
 
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