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MP acusa 64 em rede que assaltava marcos

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Mar 7, 2009
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O Ministério Público acusou 64 pessoas no processo relativo a um grupo especializado em assaltar marcos de correio, que terá efectuado mais de um milhar de furtos de correspondência, sobretudo na região de Lisboa.

A informação foi ontem avançada pela agência Lusa, que citava uma nota do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). O núcleo central do grupo seria constituído por 15 indivíduos, nove dos quais se encontram em prisão preventiva desde a altura em que foram detidos, em Julho do ano passado, pela Polícia Judiciária. Mais 49 colaboradores são arguidos.

Apenas em Lisboa e nos concelhos limítrofes tinham sido identificados 780 furtos, sobretudo na Baixa da capital e em zonas de grande aglomeração de empresas. Mais assaltos terão ocorrido noutros pontos do país, rendendo ao grupo cerca de meio milhão de euros, segundo o DCIAP, que considera provada a existência de uma associação criminosa.

Envelopes com aspecto de conter cheques eram retirados dos marcos, por arrombamento ou com chave falsa. Os cheques eram depois falsificados com recurso a computadores, impressoras com papel de cores correspondentes às dos documentos autênticos, um cunho com selo branco e vários carimbos.

Normalmente, eram falsificados o endosso e a assinatura do cheque, que era depositado em contas (regra geral, no mesmo banco) tituladas por pessoas ligadas ao grupo e que recebiam uma percentagem.

Quando se tratava de grandes empresas, os montante dos cheques eram substancialmente aumentados, nalguns casos mais de dez vezes. Logo que os depósitos eram efectuados, o dinheiro era levantado. Métodos semelhantes aos deste grupo - cujo núcleo duro era composto por cidadãos estrangeiros e um português - foram referenciados em Itália e na Ir landa.

Em causa estão os crimes de associação criminosa, furto, falsificação de documentos, burla e branqueamento de capitais. O principal método de branqueamento usado era a troca do dinheiro por moeda estrangeira, usando para o efeito casas de câmbio.

Na altura, causou alguma perplexidade o montante de alguns dos cheques que as empresas movimentavam através dos Correios. Nos casos mais extremos, esse valor chegava aos 100 mil euros.


JN
 
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