O maior tacho de caracóis do Mundo foi ontem servido a milhares de pessoas no Parque da Ci-dade de Loures. Ao todo, foi preparada mais de uma tonelada de caracóis. Um recorde que vai constar no livro do Guinness.
O petisco começou a ser confeccionado por volta das 13 horas, num caldeirão construído especialmente para o efeito numa empresa do concelho. As dimensões eram assustadoras: três metros de diâmetro por um de altura, com uma tampa a pesar 200 quilos que só se se conseguia abrir com a ajuda de uma grua.
Para o interior do caldeirão foi deitada mais de uma tonelada de caracóis, vindos de Marrocos, por serem mais baratos do que os portugueses, segundo a organização. Para completar a receita, entraram para o tacho gigante 40 quilos de alhos, 30 de cebola e outros tantos de sal, 13,5 quilos de caldos de carne, 20 quilos de chouriço, quatro quilos de orégãos e cinquenta malaguetas. Tudo isto regado por muitos litros de água despejada por uma mangueira dos bombeiros.
Ao longo da tarde, o cheiro foi chamando a população, que se espalhou pela esplanada improvisada no relvado do parque. Uns brincavam com os filhos. Outros, como António Pires e os amigos, entretinham-se com cerveja. "Estamos a dar tempo ao estômago para se preparar para a "caracolada"", dizia o homem, de 52 anos.
Quando o tacho foi destapado, perto das 19 horas, já uma multidão aguardava. "Isto quando é de borla, já se sabe, a malta vem logo", dizia um dos primeiros da fila. Ao chefe Silva, convidado especial do evento, coube provar o primeiro prato. Aprovado o trabalho das cozinheiras do município que confeccionaram o petisco, era hora de o transpor do caldeirão gigante para tachos mais convencionais. Nas filas, a multidão, de água na boca, pôde finalmente provar a "caracolada".
Sandra Pinto, 40 anos, estava deliciada. "Sou doida por caracóis. E estes não estão nada maus", dizia a técnica de recursos humanos, vinda de Sintra só por causa do evento. Numa mesa próxima, a família Silva "atacava" os respectivos pratos. Só André, o filho mais novo, engelhava o nariz ao petisco. "Não gosto de caracóis. Para mim aquele tacho só se fosse para levar para casa e fazer uma piscina".
No final do dia, a representante do livro do Guiness validou o recorde - ao todo, foram preparados 1111 quilos de caracóis. Dose que, pelos cálculos da Câmara de Loures, promotora da iniciativa, daria para mais de cinco mil pessoas. Mesmo assim, ainda havia gente de prato vazio na mão quando o fundo do tacho ficou à vista.
O evento de ontem antecedeu a décima edição do Festival do Caracol Saloio, que decorre de 17 a 26 deste mês, durante as festas do concelho de Loures.
JN
O petisco começou a ser confeccionado por volta das 13 horas, num caldeirão construído especialmente para o efeito numa empresa do concelho. As dimensões eram assustadoras: três metros de diâmetro por um de altura, com uma tampa a pesar 200 quilos que só se se conseguia abrir com a ajuda de uma grua.
Para o interior do caldeirão foi deitada mais de uma tonelada de caracóis, vindos de Marrocos, por serem mais baratos do que os portugueses, segundo a organização. Para completar a receita, entraram para o tacho gigante 40 quilos de alhos, 30 de cebola e outros tantos de sal, 13,5 quilos de caldos de carne, 20 quilos de chouriço, quatro quilos de orégãos e cinquenta malaguetas. Tudo isto regado por muitos litros de água despejada por uma mangueira dos bombeiros.
Ao longo da tarde, o cheiro foi chamando a população, que se espalhou pela esplanada improvisada no relvado do parque. Uns brincavam com os filhos. Outros, como António Pires e os amigos, entretinham-se com cerveja. "Estamos a dar tempo ao estômago para se preparar para a "caracolada"", dizia o homem, de 52 anos.
Quando o tacho foi destapado, perto das 19 horas, já uma multidão aguardava. "Isto quando é de borla, já se sabe, a malta vem logo", dizia um dos primeiros da fila. Ao chefe Silva, convidado especial do evento, coube provar o primeiro prato. Aprovado o trabalho das cozinheiras do município que confeccionaram o petisco, era hora de o transpor do caldeirão gigante para tachos mais convencionais. Nas filas, a multidão, de água na boca, pôde finalmente provar a "caracolada".
Sandra Pinto, 40 anos, estava deliciada. "Sou doida por caracóis. E estes não estão nada maus", dizia a técnica de recursos humanos, vinda de Sintra só por causa do evento. Numa mesa próxima, a família Silva "atacava" os respectivos pratos. Só André, o filho mais novo, engelhava o nariz ao petisco. "Não gosto de caracóis. Para mim aquele tacho só se fosse para levar para casa e fazer uma piscina".
No final do dia, a representante do livro do Guiness validou o recorde - ao todo, foram preparados 1111 quilos de caracóis. Dose que, pelos cálculos da Câmara de Loures, promotora da iniciativa, daria para mais de cinco mil pessoas. Mesmo assim, ainda havia gente de prato vazio na mão quando o fundo do tacho ficou à vista.
O evento de ontem antecedeu a décima edição do Festival do Caracol Saloio, que decorre de 17 a 26 deste mês, durante as festas do concelho de Loures.
JN