Vale pode livrar-se da ordem de prisão
Primeiro, recusou ser extraditado por não haver cúmulo jurídico – uma pena única por todos os crimes a que estava condenado em Portugal. Em Maio, o Tribunal da Boa-Hora finalmente aplicou-lhe 11 anos e meio de prisão pela soma das burlas a Dantas da Cunha e a dois corticeiros – mas, agora, João Vale e Azevedo diz que o mandado de detenção não é válido por estar desactualizado: quando foi emitido só dizia respeito a sete anos e meio de cadeia por enganar Dantas da Cunha.
Foi este o último argumento do ex-presidente do Benfica para não regressar a Portugal – e, caso o Supremo Tribunal britânico lhe dê razão, pode mesmo continuar em Londres mais uns anos.
Vale e Azevedo, recorde-se, dizia-se disponível para voltar à cadeia desde que lhe fosse calculado o cúmulo jurídico entre o tempo de prisão já cumprido – nos casos Ovchinnikov e Euroárea – e pelo tempo que tem a cumprir – casos Dantas da Cunha e dos corticeiros, para já. Foi isso que no início contestou em relação ao mandado de detenção europeu – e, agora, contesta o facto de este não dizer respeito ao cúmulo jurídico.
Caso o tribunal de apelo lhe dê razão, ou seja, considere desactualizado o mandado do juiz Renato Barroso, todo o processo de extradição de Vale e Azevedo vai voltar à primeira instância, no Tribunal de Westminster. O que pode vir a demorar anos.
Para já, Vale conseguiu com isto adiar por duas vezes a decisão do tribunal superior: a primeira em Maio e, depois, a 24 de Junho, sendo agora esperada uma deliberação no próximo dia 30.
PORMENORES
IMPEDIDO DE VIAJAR
Desde Novembro de 2008 que João Vale e Azevedo aguarda por uma decisão da Justiça britânica sobre o pedido de extradição. O ex-dirigente do Benfica ficou sem o passaporte e está sujeito a termo de identidade e residência.
MUDOU DE CASA
Esteve alojado numa luxuosa moradia em Londres, mas entretanto mudou-se com a mulher. Não pagaram um ano de renda, alegando problemas estruturais da casa.
OFICIALMENTE FALIDO
Em Fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal britânico considerou Vale e a mulher falidos devido às dívidas que têm acumuladas.
CM
Primeiro, recusou ser extraditado por não haver cúmulo jurídico – uma pena única por todos os crimes a que estava condenado em Portugal. Em Maio, o Tribunal da Boa-Hora finalmente aplicou-lhe 11 anos e meio de prisão pela soma das burlas a Dantas da Cunha e a dois corticeiros – mas, agora, João Vale e Azevedo diz que o mandado de detenção não é válido por estar desactualizado: quando foi emitido só dizia respeito a sete anos e meio de cadeia por enganar Dantas da Cunha.
Foi este o último argumento do ex-presidente do Benfica para não regressar a Portugal – e, caso o Supremo Tribunal britânico lhe dê razão, pode mesmo continuar em Londres mais uns anos.
Vale e Azevedo, recorde-se, dizia-se disponível para voltar à cadeia desde que lhe fosse calculado o cúmulo jurídico entre o tempo de prisão já cumprido – nos casos Ovchinnikov e Euroárea – e pelo tempo que tem a cumprir – casos Dantas da Cunha e dos corticeiros, para já. Foi isso que no início contestou em relação ao mandado de detenção europeu – e, agora, contesta o facto de este não dizer respeito ao cúmulo jurídico.
Caso o tribunal de apelo lhe dê razão, ou seja, considere desactualizado o mandado do juiz Renato Barroso, todo o processo de extradição de Vale e Azevedo vai voltar à primeira instância, no Tribunal de Westminster. O que pode vir a demorar anos.
Para já, Vale conseguiu com isto adiar por duas vezes a decisão do tribunal superior: a primeira em Maio e, depois, a 24 de Junho, sendo agora esperada uma deliberação no próximo dia 30.
PORMENORES
IMPEDIDO DE VIAJAR
Desde Novembro de 2008 que João Vale e Azevedo aguarda por uma decisão da Justiça britânica sobre o pedido de extradição. O ex-dirigente do Benfica ficou sem o passaporte e está sujeito a termo de identidade e residência.
MUDOU DE CASA
Esteve alojado numa luxuosa moradia em Londres, mas entretanto mudou-se com a mulher. Não pagaram um ano de renda, alegando problemas estruturais da casa.
OFICIALMENTE FALIDO
Em Fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal britânico considerou Vale e a mulher falidos devido às dívidas que têm acumuladas.
CM