ex-presidente da Libéria Charles Taylor declarou esta quinta-feira durante o seu julgamento, em Haia, não ver nada de mal na exposição de crânios humanos nos postos de controlo militar durante a "revolução" de 1989-90.
"Os crânios eram um símbolo da morte. Tinham sido mortos soldados inimigos e os crânios foram utilizados. Eu sabia, mas isso não me incomodava", afirmou Taylor, que desde terça-feira está a depor no julgamento em que é acusado de crimes de guerra e contra a humanidade.
"Vi-os (nos postos de controlo). Investiguei (...) e cheguei à conclusão que não havia nada de mal", afirmou, explicando que não era uma prática generalizada, limitava-se a "áreas estratégicas".
O antigo dirigente liberiano fez uma distinção entre crânios humanos e cabeças humanas, adiantando que nunca permitiria que alguém fosse morto e se exibisse a cabeça.
Taylor, 61 anos, está a ser julgado desde Janeiro de 2008 num tribunal especial criado para a Serra Leoa.
Segundo a acusação, Taylor apoiava os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF) que puseram a Serra Leoa a ferro e fogo, fornecendo-lhes armas e munições em troca de um acesso aos recursos deste país vizinho da Libéria, nomeadamente em diamantes e madeiras preciosas.
Taylor responde por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, nomeadamente assassínio, violação e alistamento de crianças-soldados, cometidos durante a guerra civil na Serra Leoa, que fez 120 mil mortos e milhares de mutilados entre 1991 e 2001.
A "revolução" lançada por Charles Taylor em 1989 na Libéria provocou uma guerra civil de 14 anos que causou a morte de 250 mil pessoas.
Diário Digital / Lusa
"Os crânios eram um símbolo da morte. Tinham sido mortos soldados inimigos e os crânios foram utilizados. Eu sabia, mas isso não me incomodava", afirmou Taylor, que desde terça-feira está a depor no julgamento em que é acusado de crimes de guerra e contra a humanidade.
"Vi-os (nos postos de controlo). Investiguei (...) e cheguei à conclusão que não havia nada de mal", afirmou, explicando que não era uma prática generalizada, limitava-se a "áreas estratégicas".
O antigo dirigente liberiano fez uma distinção entre crânios humanos e cabeças humanas, adiantando que nunca permitiria que alguém fosse morto e se exibisse a cabeça.
Taylor, 61 anos, está a ser julgado desde Janeiro de 2008 num tribunal especial criado para a Serra Leoa.
Segundo a acusação, Taylor apoiava os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF) que puseram a Serra Leoa a ferro e fogo, fornecendo-lhes armas e munições em troca de um acesso aos recursos deste país vizinho da Libéria, nomeadamente em diamantes e madeiras preciosas.
Taylor responde por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, nomeadamente assassínio, violação e alistamento de crianças-soldados, cometidos durante a guerra civil na Serra Leoa, que fez 120 mil mortos e milhares de mutilados entre 1991 e 2001.
A "revolução" lançada por Charles Taylor em 1989 na Libéria provocou uma guerra civil de 14 anos que causou a morte de 250 mil pessoas.
Diário Digital / Lusa