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Os dois países criam hoje o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) em Braga para disputar a liderança mundial. A iniciativa é de tal forma importante que reúne Cavaco Silva, rei Juan Carlos, José Sócrates e Jose Luis Zapatero.
Duzentos cientistas doutorados de todo o mundo, cem estudantes de doutoramento e cem técnicos e administrativos vão trabalhar no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL, na sigla inglesa).
O INL é hoje inaugurado em Braga, junto ao campus da Universidade do Minho, por quatro nomes de peso: Cavaco Silva, o Rei de Espanha, José Sócrates e José Luis Zapatero.
A cerimónia conta também com a presença dos dois ministros da Ciência ibéricos, Mariano Gago e Cristina Garmendia, de vários media internacionais e todo o corpo diplomático foi convidado.
A criação do International Nanotechnology Laboratory foi decidida na XXI Cimeira Ibérica, realizada em 19 de Novembro de 2005 em Évora.
A projecção política e mediática que Portugal e Espanha quiseram dar ao evento tem um significado óbvio: os dois países pretendem entrar directamente na grande competição mundial pela nanotecnologia, uma área científica e tecnológica emergente que está a invadir todos os sectores de actividade, da medicina à indústria farmacêutica, do têxtil à cosmética, da microelectrónica às tecnologias da informação e comunicação, da química à indústria agro-alimentar.
O INL é a primeira instituição científica ibérica e tem uma vantagem competitiva importante, porque "é o primeiro laboratório de nanotecnologia do mundo com o estatuto legal de organização internacional", afirmou ao Expresso o seu director-geral.
O espanhol José Rivas sublinhou ainda: "Pretendemos que seja um laboratório à escala mundial e, no futuro, queremos alargar o número de Estados-membros, mas obviamente que Portugal e Espanha, como Estados fundadores, terão sempre um papel importante no INL".
Portugal e Espanha na corrida mundial da Nanotecnologia
Em termos de investigação, o novo laboratório quer actuar em quatro áreas essenciais: nanomedicina; monitorização ambiental e segurança e controlo de qualidade ambiental; nanoelectrónica; e nanomáquinas e nanomanipulação molecular.
A nanotecnologia permite construir estruturas e novos materiais à escala atómica e molecular, onde as propriedades são muito diferentes das encontradas na manipulação da matéria em larga escala.
Atrair os melhores talentos
"Estamos confiantes na capacidade de atrair talentos a nível internacional e nos próximos meses esperamos recrutar os primeiros líderes de investigação, que serão a referência do nosso laboratório", revelou José Rivas.
Para já, foram contratados 40 cientistas e técnicos que estão neste momento a receber formação especializada fora do INL. "Já recrutámos cientistas pós-doutorais oriundos de seis países distintos para trabalhar em parceria com universidades e centros de investigação na Europa, Ásia e América", acrescentou o director-geral.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, explicou por sua vez em entrevista ao Expresso que "o INL vai conceder aos cientistas contratados e suas famílias o estatuto de funcionários internacionais (o equivalente ao estatuto diplomático), aplicando-se o regime da ONU e de organizações como o CERN ou a Agência Espacial Europeia (ESA), o que é uma grande vantagem na competição com os laboratórios nacionais em todo o mundo".
O impacto do INL na economia ibérica será muito importante. "A médio prazo pretendemos contribuir para o crescimento científico e tecnológico e para atrair investimento e empresas, incluindo a criação de novas 'spin-offs' (empresas formadas a partir de grupos de investigação) que ajudem o desenvolvimento industrial de Portugal e Espanha", prossegue Rivas. Nesse sentido, será criada uma incubadora que apoie a criação de novas empresas "e favoreça a interacção com o tecido empresarial".
E quanto ao impacto da nanotecnologia na nossa vida? "É uma tecnologia que pode, no futuro, alterar significativamente as nossas vidas, porque as suas áreas de aplicação são vastíssimas", assinala o director-geral. Exemplos: a investigação em biomedicina, o armazenamento de dados, as manufacturas, a qualidade alimentar, a produção e armazenamento de energia.
Expresso
Duzentos cientistas doutorados de todo o mundo, cem estudantes de doutoramento e cem técnicos e administrativos vão trabalhar no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL, na sigla inglesa).
O INL é hoje inaugurado em Braga, junto ao campus da Universidade do Minho, por quatro nomes de peso: Cavaco Silva, o Rei de Espanha, José Sócrates e José Luis Zapatero.
A cerimónia conta também com a presença dos dois ministros da Ciência ibéricos, Mariano Gago e Cristina Garmendia, de vários media internacionais e todo o corpo diplomático foi convidado.
A criação do International Nanotechnology Laboratory foi decidida na XXI Cimeira Ibérica, realizada em 19 de Novembro de 2005 em Évora.
A projecção política e mediática que Portugal e Espanha quiseram dar ao evento tem um significado óbvio: os dois países pretendem entrar directamente na grande competição mundial pela nanotecnologia, uma área científica e tecnológica emergente que está a invadir todos os sectores de actividade, da medicina à indústria farmacêutica, do têxtil à cosmética, da microelectrónica às tecnologias da informação e comunicação, da química à indústria agro-alimentar.
O INL é a primeira instituição científica ibérica e tem uma vantagem competitiva importante, porque "é o primeiro laboratório de nanotecnologia do mundo com o estatuto legal de organização internacional", afirmou ao Expresso o seu director-geral.
O espanhol José Rivas sublinhou ainda: "Pretendemos que seja um laboratório à escala mundial e, no futuro, queremos alargar o número de Estados-membros, mas obviamente que Portugal e Espanha, como Estados fundadores, terão sempre um papel importante no INL".
Portugal e Espanha na corrida mundial da Nanotecnologia
Em termos de investigação, o novo laboratório quer actuar em quatro áreas essenciais: nanomedicina; monitorização ambiental e segurança e controlo de qualidade ambiental; nanoelectrónica; e nanomáquinas e nanomanipulação molecular.
A nanotecnologia permite construir estruturas e novos materiais à escala atómica e molecular, onde as propriedades são muito diferentes das encontradas na manipulação da matéria em larga escala.
Atrair os melhores talentos
"Estamos confiantes na capacidade de atrair talentos a nível internacional e nos próximos meses esperamos recrutar os primeiros líderes de investigação, que serão a referência do nosso laboratório", revelou José Rivas.
Para já, foram contratados 40 cientistas e técnicos que estão neste momento a receber formação especializada fora do INL. "Já recrutámos cientistas pós-doutorais oriundos de seis países distintos para trabalhar em parceria com universidades e centros de investigação na Europa, Ásia e América", acrescentou o director-geral.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, explicou por sua vez em entrevista ao Expresso que "o INL vai conceder aos cientistas contratados e suas famílias o estatuto de funcionários internacionais (o equivalente ao estatuto diplomático), aplicando-se o regime da ONU e de organizações como o CERN ou a Agência Espacial Europeia (ESA), o que é uma grande vantagem na competição com os laboratórios nacionais em todo o mundo".
O impacto do INL na economia ibérica será muito importante. "A médio prazo pretendemos contribuir para o crescimento científico e tecnológico e para atrair investimento e empresas, incluindo a criação de novas 'spin-offs' (empresas formadas a partir de grupos de investigação) que ajudem o desenvolvimento industrial de Portugal e Espanha", prossegue Rivas. Nesse sentido, será criada uma incubadora que apoie a criação de novas empresas "e favoreça a interacção com o tecido empresarial".
E quanto ao impacto da nanotecnologia na nossa vida? "É uma tecnologia que pode, no futuro, alterar significativamente as nossas vidas, porque as suas áreas de aplicação são vastíssimas", assinala o director-geral. Exemplos: a investigação em biomedicina, o armazenamento de dados, as manufacturas, a qualidade alimentar, a produção e armazenamento de energia.
Expresso