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Falsificam notas junto ao Banco (COM VÍDEO)

Amorte

GF Ouro
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Era uma casa normal, igual a todas as outras daquela urbanização em Casais Novos, Alenquer. Pelo menos do lado de fora. No interior, no entanto, funcionava uma verdadeira tipografia. A capacidade de produção era tão grande que os dois homens detidos em flagrante anteontem pela PJ já tinham fabricado 2,5 milhões de dólares americanos. Tudo em notas de cem.


Curiosamente, a ‘fábrica’ estava situada a menos de um quilómetro das instalações do Banco de Portugal onde são produzidas as moedas de euro verdadeiras.

A operação desencadeada pela Secção Central de Investigação à Moeda Falsa, da Unidade Nacional Contra a Corrupção, surpreendeu os moradores. 'Nunca imaginei que houvesse uma ‘fábrica’ de notas aqui ao lado. Mas também não eram pessoas que viessem à rua muitas vezes. Raramente os víamos', disse ao CM uma vizinha.

Apesar de trabalharem com uma máquina ‘offset’ – conhecida por fazer muito ruído –, a dupla nunca levantou suspeitas pois a garagem onde funcionava a tipografia tinha uma divisão falsa totalmente isolada em termos acústicos. Aliás, o espaço estava tão isolado do exterior que os contrafactores precisaram de instalar cinco aparelhos de ar condicionado para manter a temperatura a níveis razoáveis.

Os dois detidos, um informático de 37 anos e o cabecilha, de 49, foram ontem presentes no Tribunal de Alenquer. Ficaram ambos em prisão preventiva por ordem do juiz de instrução criminal.

DINHEIRO PERFEITO E PRONTO A SAIR DO PAÍS

De acordo com a coordenadora da Secção Central de Investigação à Moeda Falsa da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, Patrícia Silveira, a investigação à rede agora desfeita 'decorria já há alguns meses' e um dos suspeitos – o homem de 49 anos, cuja única actividade era a contrafacção – 'já tinha sido investigado noutros processos nos últimos quatro anos, mas escapou sempre, até agora'.

A responsável admitiu ao CM que os 2,5 milhões de dólares contrafeitos 'tinham uma qualidade muito elevada, quase perfeita'. As notas eram fabricadas com recurso a 'técnicas clássicas (offset) e a tecnologia computacional [impressora laser]', um processo 'desconhecido no mercado'. O dinheiro, em maços de dez mil dólares, estava já num saco na bagageira de um carro para ser levado para o estrangeiro.

Vídeo Sapo

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"Secreta" dos EUA vem ver dólares falsos

Elementos dos serviços secretos norte-americanos estão prestes a chegar a Portugal, na sequência da apreensão, pela PJ, de 2,5 milhões de dólares falsos, em Lisboa.

O valor das notas contrafeitas seria superior a 500 mil euros.

A vinda dos elementos dos serviços secretos norte-americanos está associada à necessidade de troca de informação com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), o organismo da Polícia Judiciária que foi responsável pela apreensão dos 2,5 milhões de dólares falsos.

Segundo adiantaram fontes daquela Polícia de investigação, em causa está a numeração dos dólares e a forma de produção, com recurso a "offset" e sistemas informáticos, métodos que servem para aumentar a perfeição das falsificações.

Os norte-americanos querem perceber, designadamente, se existem semelhanças com outras falsificações do género, assim como o destino dos dólares, informação que também interessa aos portugueses.

A UNCC deteve os dois suspeitos no âmbito da designada "Operação Minerva". Um deles é empresário e o outro já tem cadastro naquele tipo de crimes. No entanto, as informações recolhidas pela PJ no âmbito do inquérito, que decorre sob a responsabilidade do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, dão conta de que os dois homens já se preparavam também para falsificar euros.

Foram igualmente apreendidas várias máquinas de "offset", assim como material informático. A maquinaria estava instalada na garagem de uma residência, no Carregado, que foi alvo de buscas judiciais. A casa tem quatro pisos e era habitada por familiares de um dos detidos.

Os 2,5 milhões de dólares, que têm um valor de mercado negro superior a 500 mil euros, estavam divididos em maços de notas de 100 dólares, já arrumados com as cintas do banco central norte-americano, também falsificadas.

O carregamento teria como destino a América Latina ou a Rússia, estava acondicionado numa mala de viagem e circulou por três veículos, num sistema de contravigilância e manobras de diversão, de molde a iludir as autoridades.

Os contactos com os compradores eram estabelecidos em hotéis, onde alguém com uma mala, mesmo cheia de notas falsas, passava facilmente sem ser detectado entre os clientes. Neste caso, o local escolhido foi um hotel Lisboa.
JN
 
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